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Repsol processará empresa que investir na expropriada YPF

23 abr 2012 - 17h03
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O grupo petroleiro espanhol Repsol processará qualquer empresa que aproveitar a expropriação da YPF para investir em sua filial argentina, anunciou um porta-voz da companhia nesta segunda-feira, em um momento no qual o governo argentino prevê reunir-se com várias petroleiras estrangeiras.Entenda como a Argentina quer estatizar a petrolífera YPF

"Nós nos reservamos o direito de empreender ações legais contra qualquer investimento na YPF ou em seus ativos ilegalmente expropriados da Repsol", declarou à AFP o porta-voz da Repsol Kristian Rix.

O ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido, viajou ao Brasil na semana passada para reunir-se com representantes da Petrobras em busca de investimentos na YPF, cuja expropriação de 51%, proveniente do pacote da espanhola Repsol, será debatido na quarta-feira no Congresso.

Esta semana, De Vido e o vice-ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, têm na agenda reuniões com diretores das petroleiras americanas Chevron, Exxon e Conoco Phillips, além da canadense Talismã, entre outras, informou a entidade governamental que controla temporariamente a YPF, citada pela agência Télam.

A Repsol estimou em US$ 25 bilhões anuais durante uma década o investimento necessário para desenvolver a megajazida de Vaca Muerta, situada na província argentina de Neuquén.

A jazida foi classificada pela petroleira como uma das "maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais e com melhor qualidade do mundo", com reservas estimadas em 22,8 bilhões de barris de petróleo.

Alegando uma falta de investimento na Argentina por parte da petroleira espanhola, o governo de Cristina Kirchner anunciou na segunda-feira passada a renacionalização da YPF, após sua privatização em 1999.

O presidente do grupo espanhol, Antonio Brufau, anunciou que a empresa exigirá "uma compensação através da arbitragem internacional" que deverá "ser no mínimo igual" ao valor de sua participação na YPF, estimada em US$ 10,5 bilhões.

Kicillof colocou em dúvida esta estimativa e acusou a Repsol de ocultar 9 bilhões de dólares em dívidas da YPF.

A decisão abalou as relações com a Espanha, cujo governo anunciou uma limitação da importação de biodiesel argentino, produto no qual a Argentina é um dos maiores provedores do mundo.

De acordo com dados do Instituto Espanhol de Comércio, em 2011 a Espanha importou biodiesel argentino no valor de 706 milhões de euros (US$ 926 milhões).

Fonte: AFP
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