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Quarentena de Queiroga em NY deve custar ao menos R$ 30 mil

Valor corresponde a diárias de quatro padrão para os 14 dias de hotel em que o ministro ficará hospedado após diagnóstico de covid-19

22 set 2021 - 16h01
(atualizado às 16h16)
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Bolsonaro e Queiroga
Bolsonaro e Queiroga
Foto: Wallace Martins / Futura Press

A quarentena do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Nova York deve custar ao menos R$ 30 mil em diárias pagas ao hotel onde ele está hospedado. A reserva de 14 noites de hospedagem em um quarto padrão do InterContinental Barclay, que fica no bairro Midtown East, custa US$ 5.818, sendo feita através de sites de reserva online como o Booking. Considerando a cotação média do dólar em torno de R$ 5,30, isso é o equivalente a R$ 30.835.

O hotel é comumente utilizado por delegações do mundo inteiro durante a semana da Assembleia-Geral da ONU e chega a ter diárias a mais de US$ 600 neste período, quando a região fica lotada de chefes de Estado e suas comitivas. O governo americano usou o local para hospedar parte da comitiva de Joe Biden, que também esteve lá nesta semana. Donald Trump também já usou o Intercontinental Barclay.

A estimativa do custo de US$ 5.818 considera uma reserva de hoje até o dia 6 de outubro, período similar ao que o ministro deve permanecer em NY para cumprir a quarentena em razão da covid-19 diagnosticada na terça-feira, 21.

A diária mencionada já inclui café da manhã. Caso contrário, o ministro pagaria US$ 42 (o equivalente a R$ 222) para ter acesso ao mesmo desjejum que os hóspedes podem desfrutar em um buffet no primeiro andar do hotel.

Um hambúrguer pedido no restaurante do hotel custa US$ 32 (R$ 169) e uma lata de coca-cola, US$ 8 (R$ 42), fora impostos, que nos EUA são inclusos no final da conta. Se o ministro fizer duas refeições por dia com o cardápio do hotel e nelas gastar, em média, o valor de um sanduíche e um refrigerante, gastará em torno de R$ 5,9 mil com alimentação no período que estiver se recuperando.

Ele pode, contudo, optar por outros itens do cardápio - mais baratos ou mais caros - ou ainda pedir que um dos integrantes da delegação brasileira que permanece no hotel compre e entregue a ele comida de outros lugares de Nova York.

Diplomacia do Brasil na ONU

A missão do Brasil junto à ONU chegou a fechar na noite de terça-feira, 21, com determinação de que todos os diplomatas suspendessem atividades presenciais. Hoje, no entanto, aqueles que não tiveram nenhum contato com o ministro foram autorizados a voltar a fazer reuniões em pessoa, e não apenas virtuais.

Funcionários que tiveram alguma proximidade com Queiroga, no entanto, estão trabalhando de casa.

As 192 delegações que estiveram presentes na Assembleia Geral das Nações Unidas já foram notificadas sobre o contágio do ministro brasileiro, segundo fontes. Queiroga esteve no plenário da ONU, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro.

Queiroga esteve com o presidente Jair Bolsonaro no plenário da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira, 21.
Queiroga esteve com o presidente Jair Bolsonaro no plenário da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira, 21.
Foto: Instagram/Reprodução / Estadão

A sequência de encontros de Queiroga na ONU deve despertar uma linha de rastreamento de contágio que pode atingir o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

Queiroga esteve com Johnson, em reunião bilateral na segunda-feira. Ele usou máscara na reunião. Bolsonaro e Johnson estavam sem máscaras. Isso foi um dia antes do diagnóstico de covid. Na terça, Boris Johnson se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca. O britânico e o americano estavam usando máscaras.

O presidente português está hospedado no mesmo hotel onde a delegação brasileira esteve e onde Queiroga continuará até o fim da quarentena.

Estadão
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