Programa nasceu durante treinamento para jornalistas do 'Estadão'
Proposta era resolver problema de usuário que se interessava por notícia, mas não tinha como arcar com assinatura
Além de ser um projeto inovador por si só, o programa Estadão Incentiva teve também uma origem inovadora: ele nasceu a partir de uma ideia em um treinamento de design thinking dado para os editores do jornal. Realizado há cerca de um ano, o curso buscava mostrar à redação como criar produtos e serviços digitais, dentro da lógica de transformação digital pela qual o Estadão vem passando nos últimos anos.
"O treinamento tinha o objetivo de fazer os jornalistas do Estadão entenderem como é um processo de prototipação, construindo um novo produto ou serviço a partir do interesse de um usuário", explica a jornalista e consultora em inovação estratégica Adriana Garcia, que liderou a sessão. "É uma forma de testar ideias de forma rápida e barata, em uma metodologia que é muito usada por startups."
O usuário, no caso, era um jovem que se interessava muito por notícias, mas não tinha condições financeiras para arcar com a assinatura de um jornal. "Ele ficava pulando entre um veículo e outro para conseguir se informar. Ele tinha uma necessidade urgente disso", lembra Adriana. "Era um super usuário e, a partir dele, o Estadão percebeu que tinha a possibilidade de atender uma série de outras pessoas que poderiam ter o mesmo problema."
A partir do protótipo, desenvolvido em um dia por uma das equipes que estavam no treinamento de design thinking, o projeto evoluiu e foi inscrito no Desafio de Inovação do Google. Com o apoio da empresa, tornou-se um dos grandes investimentos do Estadão em 2020, envolvendo o trabalho de equipes de diversas áreas do jornal.
O desenvolvimento está longe de seu fim: a partir das ideias e informações dos novos usuários, o Estadão Incentiva seguirá sendo aprimorado ao longo dos próximos meses, como cabe a um projeto inovador e digital.