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Profissão invisível, impacto real: o papel estratégico do ghostwriter na construção de autoridade de especialistas

Cada vez mais requisitados, escritores moldam narrativas que fortalecem a reputação de especialistas

12 abr 2025 - 06h29
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Resumo
O ghostwriting cresce no Brasil como ferramenta estratégica para especialistas publicarem livros e consolidarem autoridade no mercado. A prática envolve profissionais que transformam ideias em obras, impulsionando o setor editorial de não ficção.
Foto: Divulgação

Eles não assinam as obras, mas são protagonistas silenciosos no processo de transformar conhecimento em autoridade pública. A atuação dos ghostwriters — profissionais que escrevem livros, artigos e discursos sob encomenda — se tornou estratégica no Brasil para médicos, advogados, executivos e influenciadores que desejam publicar um livro, mas não têm tempo, domínio técnico da escrita ou método para isso. A prática sob demanda cresce de forma constante e já movimenta uma fatia relevante do setor editorial.

“Nos bastidores de muitos best-sellers assinados por especialistas está o trabalho criterioso de ghostwriters que entendem como estruturar uma narrativa, garantir a coesão do conteúdo e respeitar a voz do autor”, explica Julyanne Guimarães Amadeu, diretora e fundadora da Editora Alma e da ALMA, agência especializada em marketing e lançamentos. Especialista em copywriting e ghostwriting, ela atua na produção de obras para autores de diversas áreas que desejam consolidar sua presença no mercado com um livro autoral.

Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), as publicações sob demanda — inclusive autopublicações e editoras independentes — cresceram 15% em 2023, com destaque para o segmento de não ficção. A tendência acompanha o movimento de especialistas que utilizam o livro como ferramenta de marketing pessoal, posicionamento de autoridade e geração de novos negócios. “Um livro publicado ajuda a abrir portas para palestras, mentorias, consultorias e amplia a presença digital desses profissionais”, afirma Amadeu.

O processo de escrita com ghostwriter, ainda envolto em confidencialidade, segue um modelo profissional que inclui entrevistas profundas, construção de estrutura narrativa, acompanhamento editorial e finalização técnica da obra. O especialista fornece a visão, as ideias e a vivência; o ghostwriter transforma isso em um conteúdo com início, meio e fim, respeitando prazos e estratégia editorial.

“O livro deixa de ser apenas um sonho e passa a ser tratado como um projeto com cronograma, investimento e objetivos claros”, detalha a especialista. Segundo ela, a maior parte dos clientes são profissionais de alto desempenho que adiaram a publicação por anos, até entenderem que poderiam contar com apoio especializado. “Eles percebem que não precisam escrever sozinhos. Basta direcionar o conhecimento e permitir que alguém com técnica traduza isso em palavras.”

Além de consolidar a autoridade de quem publica, a atuação do ghostwriter também impulsiona um nicho crescente no mercado editorial brasileiro. Editoras boutique e profissionais independentes de escrita têm ampliado seus serviços com foco nesse público, o que mostra que a produção de livros de não ficção deixou de ser um campo exclusivo de escritores tradicionais para se tornar também uma vitrine estratégica para especialistas.

“O ghostwriting profissionaliza a escrita de especialistas que não são escritores, mas que têm muito a dizer. E o mercado está preparado para ouvir quem sabe contar uma boa história — mesmo que essa história seja escrita a quatro mãos”, conclui Julyanne Amadeu.

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