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Pressão de ações da Petrobras faz Bovespa esvaziar alta

Os papéis da estatal petroleira encerraram o pregão com queda de 3,61%

24 jun 2014 - 18h25
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<p>A a&ccedil;&atilde;o da Petrobras caiu com a not&iacute;cia de que a estatal ter&aacute; que desembolsar R$ 15 bilh&otilde;es em 5 anos para explorar o excedente da cess&atilde;o onerosa</p>
A ação da Petrobras caiu com a notícia de que a estatal terá que desembolsar R$ 15 bilhões em 5 anos para explorar o excedente da cessão onerosa
Foto: Sergio Moraes / Reuters

O Ibovespa fechou quase estável nesta terça-feira, com a derrocada da Petrobras fazendo o principal índice acionário brasileiro perder força, após ter chegado a subir 1,5%. O Ibovespa subiu 0,13%, a 54.280 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,27 bilhões. A ação da Petrobras caiu com a notícia de que a estatal terá que desembolsar R$ 15 bilhões em 5 anos para explorar o excedente da cessão onerosa.

Mais cedo, as ações preferenciais da empresa chegaram a subir 3% e ajudaram a levantar o índice, com investidores estrangeiros voltando ao mercado. O volume de negócios foi baixo na segunda-feira, dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo e, na sexta-feira, pregão espremido entre o feriado de Corpus Christi e o final de semana.

Os papéis da estatal encerraram o pregão com queda de 3,61%, após o governo federal decidir contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal, o que deve garantir à empresa reservas adicionais entre 10 e 15 bilhões de barris. A companhia, contudo, terá que pagar R$ 2 bilhões em bônus para ter o direito de explorar o óleo. Além disso, a União deve receber o equivalente a R$ 13 bilhões em antecipações por óleo equivalente excedente na cessão onerosa de 2015 a 2018.

Em nota, o Itaú BBA disse que a decisão confirmou seus "piores temores", acrescentando que não há forma de a Petrobras antecipar a produção de barris previstos no acordo, a menos que adie outros projetos do portfólio. "Em outras palavras, a Petrobras vai pagar R$ 15 bilhões ao governo em cinco anos para barris que serão produzidos no longo prazo", afirmaram.

No plano global, as bolsas dos Estados Unidos ampliaram perdas à tarde, em meio a receios sobre conflitos no Iraque. E, apesar de a outra blue chip da bolsa (ações com maior liquidez e peso no índice), Vale, também ter recuado, ações do setor financeiro como BB Seguridade, Bradesco e Cielo ajudaram a segurar o índice brasileiro no azul. "Podemos estar vendo novamente um fluxo para o Brasil depois desses dias de feriado e de pregão mais curto", disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.

Outro destaque corporativo do dia foi a ação da Copel, que chegou a subir mais de 3%, favorecido pela aprovação pela Aneel de reajuste médio de 35,05% nas tarifas dos consumidores atendidos pela distribuidora de energia do grupo estatal paranaense. Mas Beto Richa (PSDB), o governador do Paraná, que controla a empresa, disse em sua conta no Twitter que pedirá à Aneel a suspensão do reajuste, o que fez o papel devolver ganhos e fechar no vermelho.

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