Preço do tomate dispara com desaceleração da colheita e fim da safra de inverno, aponta estudo da USP
Produto ficou mais caro em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais
O preço do tomate disparou em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais devido à desaceleração da colheita e ao fim da safra de inverno, com aumentos variando entre 15,3% e 52%.
Os preços médios do tomate no atacado dispararam na primeira semana de outubro em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, segundo pesquisadores do setor de Hortifrúti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
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Em São Paulo, o tomate teve uma alta de quase 27,9% no início de outubro na comparação com o mês anterior. A cotação da caixa do tomate fechou em R$ 72. No Rio de Janeiro, o produto ficou 15,3% mais caro, com a caixa custando R$ 75. Já em Minas Gerais, o valor mais que dobrou (52%). Para o mineiro, uma caixa de tomate custa R$ 76.
"Os aumentos nas cotações vêm sendo resultado da desaceleração da colheita e da proximidade do final da safra de inverno em algumas praças produtoras, como Itaocara (RJ) e São José de Ubá (RJ), que devem ofertar os últimos frutos ao final deste mês”, explica o estudo da USP feito pelos pesquisadores Lais Regina Almeida Viana, Maria Amélia S. Camargo e João Paulo Bernardes Deleo.
Com a alta, em Minas Gerais, as regiões de Pará de Minas (MG), Araguari (MG) e Pimenta (MG) também já oferecem um menor volume de tomates aos atacados. Já em São Paulo, a região de Sumaré (SP) iniciou suas colheitas da segunda parte da safra de inverno na semana passada, com uma parcela tímida de tomates destinados aos atacados paulistanos, mas Mogi Guaçu também está próxima do final.
A tendência, de acordo com os pesquisadores, é de que, ao decorrer de outubro, a oferta das regiões da segunda parte da safra de inverno aumente, compensando ao menos parte da redução das outras praças.