PPSA leiloará 106,5 mi barris de petróleo da União em 29 de julho
A estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) vai comercializar 106,5 milhões de barris de petróleo da União que serão produzidos em seis campos do pré-sal, em leilão marcado para 29 de julho de 2026, na bolsa paulista B3, disse o superintendente de Comercialização de Petróleo da companhia, Guilherme França, nesta terça-feira.
Os contratos de partilha de produção contêm cláusulas que preveem que as companhias que exploram os ativos devem pagar um percentual de lucro em óleo à União. A PPSA é a responsável por representar a União nesses contratos e comercializar esses volumes.
No leilão do próximo ano, serão ofertados 64 milhões de barris de petróleo do campo de Mero, 21,5 milhões de barris de Búzios, 13 milhões de Bacalhau, 4 milhões de Itapu, 2 milhões de Sépia e outros 2 milhões de Atapu, detalhou o executivo da PPSA.
"Estes volumes a serem comercializados no leilão de 2026 correspondem às nomeações a serem feitas de janeiro de 2027 a dezembro de 2027, ou seja, os carregamentos de março de 2027 a fevereiro de 2028", disse França, que não deu estimativas de arrecadação com o leilão.
Em seu último leilão de petróleo realizado em junho de 2025, a PPSA gerou uma arrecadação potencial de R$28 bilhões, com a comercialização de sete lotes nos campos de Mero, Búzios, Itapu e Sépia.
PROJEÇÕES
A PPSA projeta que até o fim da década deverá figurar como a segunda companhia com a maior produção de petróleo do Brasil, atrás apenas da Petrobras.
A PPSA projeta que a produção de petróleo da União alcançará seu pico de produção em 2033, com 506 mil barris por dia (bpd) no cenário mais otimista, ou 499 mil bpd no cenário de referência. Em 2025, a previsão é alcançar 138 mil bpd.
Já a parcela diária de gás natural da União produzida em partilha deve saltar dos 480 mil m³/dia registrados em setembro de 2025 para 2,1 milhão m³/dia em 2028, atingindo o pico em 2034, com 3,8 milhões m³/dia.
A partir de 2028, os contratos de partilha estarão produzindo como um todo cerca de 2 milhões de bpd, volume que representará mais de 40% da produção nacional, segundo estudo da PPSA.
Para o desenvolvimento dos campos que possuem contrato de partilha, são previstos investimentos de US$71 bilhões nos próximos cinco anos, incluindo a entrada em operação de sete navios-plataformas do tipo FPSO e a perfuração de 182 poços entre 2026 e 2030.
A PPSA projeta ainda uma arrecadação potencial de R$518 bilhões com a comercialização das parcelas da União no período 2026-2035. Considerando a arrecadação total aos cofres públicos, a PPSA estima R$1,2 trilhão em dez anos, considerando os resultados da comercialização, o pagamento de royalties e de tributos.