Pix ou cartão? Qual é o melhor para cada gasto nas férias
Pagamento instantâneo, parcelamento e controle de gastos ajudam a organizar melhor as despesas nas viagens
As férias exigem mais do que o planejamento do destino e da hospedagem. Saber escolher como pagar por passeios, refeições e compras também faz diferença no orçamento. Entre Pix, cartão de débito e crédito, cada opção tem vantagens e limitações que merecem atenção.
O Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no país, superando o volume de operações com cartões. Em 2024, foram 63,8 bilhões de transações, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Durante as férias, o Pix se destaca pela rapidez, funcionamento ininterrupto e custo zero para pessoas físicas.
É uma escolha prática para compras rápidas, como em feiras, passeios ou serviços turísticos. Também facilita a divisão de despesas entre amigos e o pagamento de pequenos valores. "A praticidade do Pix também é um ponto positivo, já que permite pagamentos diretamente pelo celular, sem a necessidade de carregar cartões físicos", afirma a professora Adriana Ripka, economista e doutora em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
O cartão de débito, por sua vez, é indicado para quem quer controlar melhor os gastos, já que o valor é descontado na hora, o que evita surpresas na fatura. É comum em supermercados, farmácias e lojas maiores. No entanto, não é aceito em todas as reservas, como hotéis e locadoras de veículos, que geralmente exigem cartão de crédito. "O cartão de débito tem operação simples, como o Pix, mas tem menos margem para negociação de descontos, por causa das taxas cobradas pela maquininha", diz Adriana.
Planejamento para evitar surpresas
O cartão de crédito oferece maior flexibilidade, principalmente em compras de maior valor. Pode ser usado em reservas de hospedagem, aluguel de carro e passagens aéreas. Mas o uso sem planejamento pode comprometer o orçamento.
"A modalidade do cartão de crédito acaba sendo uma forma de financiamento quando não há renda disponível de imediato. Já o Pix, por sua natureza à vista, exige que o consumidor tenha saldo no momento da transação", observa Henrique Mata, doutor em Economia Aplicada e professor titular da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Para quem precisa de fôlego no orçamento, mas não quer abrir mão da praticidade e da ampla aceitação, o Pix parcelado no cartão de crédito surge como alternativa. A modalidade permite que o recebedor receba o valor integral, enquanto o pagador pague em parcelas.
Na 99Pay, por exemplo, é possível dividir o Pix em até 12 vezes, com taxa de 3,99% ao mês. A solução combina a agilidade do Pix com a flexibilidade do crédito, especialmente útil em gastos maiores, como hospedagens, passeios e outros serviços.
"É fundamental avaliar se o parcelamento é sustentável dentro do orçamento mensal e comparar com o custo total de outras opções, como o parcelamento no cartão diretamente", orienta Adriana. Para Henrique, a decisão passa por uma análise da capacidade de controle financeiro de cada pessoa. "Vai depender da disciplina com os gastos do consumidor e da sua resistência ao consumo presente, que muitas vezes não pode ser adiado", diz o professor.
Cuidados com segurança
Independentemente do meio escolhido, é importante adotar medidas básicas de segurança, especialmente durante os deslocamentos de férias. No caso do Pix, o ideal é conferir os dados do destinatário antes de confirmar a transferência e evitar digitar chaves manualmente. O uso do QR Code, quando disponível, reduz o risco de erro.
Já em compras online, o cartão virtual é mais seguro, pois tem validade limitada e não expõe o número do cartão físico. Também vale proteger o celular com senha, ativar alertas de transações no app, evitar redes Wi-Fi públicas para movimentações financeiras e, sempre que possível, ativar a autenticação em dois fatores nos aplicativos de pagamento.
Aplicativos de pagamento, como a 99Pay, também contam com recursos de segurança como confirmação de identidade em transações atípicas, notificações em tempo real e sistemas antifraude integrados, que ajudam a proteger o usuário mesmo durante a correria das viagens.