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Petróleo fecha em queda com notícia de produção da Rússia

30 ago 2019 - 17h02
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 30, em queda, após a notícia de que a Rússia não cortará sua produção nos níveis propostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O petróleo WTI para outubro fechou em queda de 2,84%, a US$ 55,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com avanço, no entanto, de 1,72% na comparação semanal. Em quatro meses, já houve queda de 14,77%.

O Brent para novembro, por sua vez, caiu 2,05%, a US$ 59,25 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), perdendo a marca psicologicamente importante dos US$ 60. Em quatro meses, o recuo já chega a 17,36%.

Já o petróleo Brent para outubro, cujo contrato venceu nesta sexta, encerrou a vigência se desvalorizando 1,06%, a US$ 60,43 o barril. Na comparação semanal, houve avanço de 1,84%.

O principal driver para os contratos de petróleo nesta sexta-feira foi a notícia de que a Rússia cumprirá apenas 44% de sua cota nos cortes de produção do óleo, o que estava previsto em acordo firmado entre a Opep e aliados. Além disso, o país aumentou sua produção em agosto para 11,3 milhões de barris por dia, o que amplia a oferta e tende a pressionar as cotações.

Contudo, de acordo com Eugen Weinberg, analista do Commerzbank, interrupções na produção em outras partes do mundo não podem ser ignoradas. "Especialmente, a falta de exportações da Venezuela", diz.

Nem mesmo a percepção de que a guerra comercial entre Estados Unidos e China passa por amenização, sobretudo após a fala do porta-voz do Ministério do Comércio do país asiático, Gao Feng, de que as retaliações de Pequim às importações americanas estavam "suficientes", deu conta de conter a queda dos contratos de petróleo.

Ainda do posto de vista da oferta, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA recuou 12, a 742, informou nesta sexta-feira a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.

Estadão
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