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"Névoa espessa" cerca economia dos EUA e BC precisará fornecer apoio sustentado, diz Brainard, do Fed

14 jul 2020 - 16h27
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Há muita incerteza sobre o caminho a percorrer para a economia dos Estados Unidos, e o Federal Reserve deveria usar sua orientação futura e compras de ativos em larga escala por um período "sustentado" para ajudar na recuperação, disse a diretora do Fed Lael Brainard nesta terça-feira ao oferecer uma avaliação menos animadora dos riscos futuros.

A diretora do Fed Lael Brainard posa para foto com o chair do banco, Jerome Powell, em Chicago. 4 de junho de 2019. REUTERS/Ann Saphir
A diretora do Fed Lael Brainard posa para foto com o chair do banco, Jerome Powell, em Chicago. 4 de junho de 2019. REUTERS/Ann Saphir
Foto: Reuters

"A pandemia continua a ser o principal fator para o curso da economia. Uma espessa névoa de incerteza ainda nos cerca, e os riscos negativos predominam", afirmou Brainard em declarações para evento virtual organizado pela National Association for Business Economics.

"A recuperação provavelmente enfrentará ventos contrários por algum tempo, exigindo um compromisso sustentado com a acomodação, além de apoio fiscal adicional", acrescentou.

Desde março, o banco central dos EUA reduziu a taxa de juros para quase zero, aumentou as compras de ativos em larga escala e lançou vários outros programas destinados a irrigar o sistema financeiro dos EUA e canalizar crédito a famílias e empresas.

Na última reunião do Fed, as autoridades de política monetária discutiram a retomada da promessa feita na era da Grande Recessão de manter a taxa de juros baixa até que certas condições sejam atendidas, como a inflação alcançar a meta do Fed de 2% ou mesmo excedê-la modestamente.

Brainard observou que o controle da curva de rendimento também pode ser apropriado em algum momento, mas exigiria análises e discussões adicionais.

Os casos de coronavírus nos EUA aumentaram em 46 dos 50 Estados na semana passada, e as mortes subiram em todo o país pela primeira vez desde meados de abril, segundo análise da Reuters.

Brainard alertou que uma segunda onda de Covid-19 poderia pesar na recuperação e até provocar uma segunda queda na atividade, além de reascender a volatilidade do mercado financeiro em um momento de maior vulnerabilidade.

"As instituições financeiras não bancárias poderiam voltar a ser pressionadas... e alguns bancos podem restringir empréstimos se enfrentarem perdas crescentes", afirmou Brainard.

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