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MPF entra na Justiça contra venda pela ANP de 47 blocos de petróleo na bacia da Foz do Amazonas

Segundo o Ministério Público Federal, realização do leilão sem estudos prévios adequados representa grave violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental

13 jun 2025 - 12h46
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RIO - O Ministério Público Federal (MPF) do Pará entrou com uma ação na Justiça Federal, na quinta-feira, 12, para a suspensão imediata do leilão de blocos de petróleo e gás da 5ª Oferta Permanente de Concessão (OPC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), previsto para a próxima terça-feira, 17.

A ação, que pede urgência pela proximidade do leilão, busca impedir a oferta de 47 blocos para exploração de petróleo e gás na bacia da Foz do Amazonas, uma das cinco que compõem a Margem Equatorial brasileira, até que sejam cumpridas uma série de medidas previstas na legislação socioambiental.

A ação foi movida contra a União e a ANP. Segundo o MPF, a realização do leilão sem os estudos prévios adequados representa uma grave violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental brasileira.

Para MPF, expansão da exploração de petróleo na Foz do Amazonas representa 'grave contrassenso'
Para MPF, expansão da exploração de petróleo na Foz do Amazonas representa 'grave contrassenso'
Foto: Marcos De Paula/Estadão / Estadão

O MPF pede que a Justiça condicione a realização do leilão à execução de quatro medidas principais como o estudo de impacto climático; a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS): Estudos sobre povos e comunidades tradicionais; e Consulta Prévia.

A ação do MPF segue outra impetrada pela Federação Única dos Petroleiros (Fup) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro) e utiliza argumentos semelhantes.

Na ação, o MPF destaca que a expansão da exploração de petróleo na região representa um "grave contrassenso" diante da emergência climática e dos compromissos assumidos pelo Brasil, como o Acordo de Paris.

O órgão aponta que a decisão de leiloar os blocos sem quantificar previamente os impactos climáticos e socioambientais é "cientificamente insustentável, legalmente indefensável e moralmente injustificável".

Estadão
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