Script = https://s1.trrsf.com/update-1764790511/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

MPF denuncia Eike Batista e mais 7 por formação de quadrilha

Grupo manipulou o preço das ações da petroleira OGX com dados falsos sobre a perspectiva da empresa, causando um prejuízo estimado de R$ 14,4 bilhões aos investidores

24 set 2014 - 12h21
(atualizado às 12h22)
Compartilhar
Exibir comentários
Chairman do grupo EBX, Eike Batista, gesticula na cerimônia que comemorou o início da produção de petróleo pela OGX, companhia de petróleo e gás do grupo EBX, no Complexo Industrial do Superporto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Batista se desfez de 49,8 milhões de ações de sua petroleira OGX na quarta-feira, ou 1,54 por cento do capital da empresa, e pretende realizar vendas adicionais pontuais da companhia em montante total superior a 5 por cento. 26/04/2012.
Chairman do grupo EBX, Eike Batista, gesticula na cerimônia que comemorou o início da produção de petróleo pela OGX, companhia de petróleo e gás do grupo EBX, no Complexo Industrial do Superporto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Batista se desfez de 49,8 milhões de ações de sua petroleira OGX na quarta-feira, ou 1,54 por cento do capital da empresa, e pretende realizar vendas adicionais pontuais da companhia em montante total superior a 5 por cento. 26/04/2012.
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) denunciou, na terça-feira, o empresário Eike Batista e sete ex-diretores da petroleira OGX por falsidade ideológica, indução de investidores a erro e formação de quadrilha. Os executivos também foram denunciados por manipulação do mercado de capitais – Eike já responde por essa infração em ação movida pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro. Se condenado, o empresário pode ter de cumprir de quatro a 14 anos de prisão. Os demais executivos podem pegar 22 anos de cadeia.

Conheça a trajetória de Eike Batista

Segundo o MPF, o grupo manipulou o preço das ações da OGX com dados falsos sobre a perspectiva da empresa, causando um prejuízo estimado de R$ 14,4 bilhões aos investidores. A diretoria da empresa prometeu a realização de negócios bilionários em operações de extração de petróleo nas bacias de Campos e Santos. Contudo, a projeção teria sido baseada em informações inverídicas sobre a capacidade de exploração das reservas. Os papéis da companhia tiveram uma queda vertiginosa e causou prejuízo aos acionistas.

Entre 2009 e 2013, a OGX divulgou ao mercado 55 informes e gerou uma forte demanda por seus ativos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As mensagens referiam-se a estimativas de grande volume de gás e petróleo a ser extraído em poços controlados pela empresa. Estudos internos realizados pela empresa desde 2011, no entanto, apontavam a inviabilidade econômica das áreas em função dos custos e da operação. Em alguns casos, também era mencionada a inexistência de tecnologia para explorar as áreas.

A diretoria só informou os investidores sobre a suspensão das atividades em alguns poços da bacia de Campos somente em julho de 2013. A possibilidade de cessão da produção nas demais áreas foi informado ao longo deste ano.

As ações da OGX, cuja cotação chegou a R$ 23,39 em outubro de 2010, fecharam em R$ 0,56 após o anúncio.

“Tais fraudes atingiram diretamente a credibilidade e a eficiência do mercado de capitais brasileiro ao contaminar, no período de 2009 a 2013, a negociação de milhões de ações da OGX e da OSX”, afirmou a procuradora da República Karen Kahn, autora da denúncia. “Igualmente, tais condutas desaguaram no prejuízo a milhares de investidores, no Brasil e no estrangeiro.”

Além de Eike Batista, foram denunciados Paulo Manuel Mendes Mendonça (ex-diretor de exploração e ex-diretor-presidente da OGX), Marcelo Faber Torres e Roberto Bernardes Monteiro (ex-diretores financeiros e de relações com investidores), Reinaldo José Belotti Vargas (ex-diretor de produção), Paulo de Tarso Martins Guimarães (ex-diretor de exploração), Luís Eduardo Guimarães Carneiro (ex-presidente da OGX e da OSX, empresa do grupo de Eike responsável pelo suporte de infraestrutura da OGX) e José Roberto Penna Chaves Faveret Cavalcanti (ex-diretor jurídico). Todos são acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional.

Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade