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Minas Gerais prevê alta na área de cana em 25/26, mas terá quebra produtiva, diz Siamig

25 abr 2025 - 15h42
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A safra 2025/26 de cana-de-açúcar em Minas Gerais deve atingir 77,2 milhões de toneladas, com queda de 7,1% em relação à temporada anterior, por menores produtividades devido à estiagem prolongada em 2024 e ao volume de chuvas abaixo do esperado durante a entressafra, estimou nesta sexta-feira a Associação da Indústria da Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (Siamig Bioenergia).

Colheita de cana-de-açúcar em Pradópolis, no Estado de São Paulo
Colheita de cana-de-açúcar em Pradópolis, no Estado de São Paulo
Foto: Reuters

A estimativa, feita durante a abertura da safra no Estado, segundo produtor de cana do Brasil após São Paulo, indica retração de 12,5% na produtividade agrícola, para 75,6 toneladas por hectare, o que impactará o setor em ano de ampliação da área plantada.

A estimativa é de que a área plantada de cana em 2025/26 (abril/março) atinja 1,23 milhão de hectares de cana, alta de 9,8% ante a temporada passada, estimou o CEO da Siamig, Mário Campos.

"Em que pesem os problemas climáticos na maior parte de 2024, o que impacta a produção e a produtividade da safra que se inicia, Minas Gerais contínua em crescimento, comprovado pelo aumento da área de cultivo, consolidando-se como o segundo maior estado produtor", acrescentou ele, por ocasião do evento na Usina Vale do Tijuco, da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em Uberaba.

A qualidade da matéria-prima deve ser inferior na nova safra, refletida na menor concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR), com queda de 2,3% por tonelada de cana.

Outra característica da safra 2025/26 é o aumento na proporção de cana destinada à produção de açúcar, indicando "mix mais açucareiro".

A associação estima que a safra que se inicia deverá ter "mix" de 52,4% para açúcar e 47,6% de etanol. No ciclo anterior, estava mais "equilibrado": em 50,3% para açúcar e 49,7% de etanol.

Em volume, a produção de açúcar foi estimada em 5,32 milhões de toneladas, queda anual de 5,5%, e a de etanol em cerca de 3 bilhões de litros, redução de 13,5%, segundo o relatório.

"Observamos que a produção de etanol total será menor, mas de etanol anidro deve aumentar em 6,6%, passando de 1,2 milhão m3 para 1,28 milhões m3, em linha com a expectativa de aumento da mistura de etanol na gasolina, em estudo pelo Ministério de Minas e Energia", disse Campos.

O etanol anidro é usado na mistura da gasolina, cujas vendas no país deverão crescer 2,9% em 2025 versus 2024, segundo estimativa antecipada nesta sexta-feira, à Reuters, pela consultoria StoneX.

Para o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nas bombas, a StoneX manteve praticamente igual a previsão de consumo para o ano em 21,2 bilhões de litros, o que marcaria uma queda de 1,9% na comparação com 2024.

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