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Mês da PME: empreendedor não é só o dono de startup

Especialista traz dicas de como fomentar pequenos negócios e destaca importância das PMEs

20 out 2022 - 03h00
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Foto: Adobe Stock

O mês de outubro celebra a Micro e Pequena Empresa, com o principal objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância das MPE para a economia. Candice Pascoal, fundadora e CEO da Você.Expert, edtech que forma especialistas em negócios digitais, aponta que é importante ressaltar que empreendedor não é só dono de startups tecnológicas e que pequenos empreendimentos são essenciais para a economia nacional.

De acordo com levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 2021 bateu recorde em abertura de pequenos negócios, com mais de 3,9 milhões de empreendedores que formalizaram micro e pequenas empresas ou se registraram como microempreendedores individuais (MEIs).

Neste cenário, Candice destaca que alguns fatores foram essenciais para o aumento tão expressivo no número de MPEs e MEIs, como as altas taxas de desempregos registradas no último ano e a busca por complemento de renda. 

“Muitos desses negócios foram iniciados como alternativa ao cenário pandêmico pessimista. Hoje, no entanto, alguns desses empreendimentos permanecem de pé e carecem de investimentos para crescer”, diz ela.

Investimentos ainda vão em massa para tecnologia

Segundo a especialista, muitos acreditam, equivocadamente, que empreendedores são apenas os criadores de startups e empresas de tecnologia. E por esse motivo, os investimentos são massivamente direcionados a este perfil de empresa, deixando fora do radar de investidores os pequenos negócios de outros segmentos.

“A padaria do bairro, o artista, a livraria, a loja de calçados, o mecânico e outra e uma infinidade de empreendimentos são responsáveis, muitas vezes, por assegurar a economia, promovendo a criação de empregos e o desenvolvimento do  comércio local”, ressalta. 

Crowdfunding como estratégia de apoio a novos negócios

Uma vez que grandes fundos e investidores estão focados em startups e empresas de tecnologia, Candice destaca que o crowdfunding, também conhecido como vaquinha online ou financiamento coletivo, pode ser uma alternativa para apoiar novos empreendedores. 

“O financiamento baseado em doações, já usado para ações solidárias e ajudar artistas a tirarem projetos da gaveta, também pode promover grandes transformações para as MPE”, destaca. 

Também fundadora da Kickante, marketplace para financiamento e arrecadação de doações financeiras, a especialista afirma que o crowdfunding vai muito além da arrecadação de recursos em si e que a modalidade pode ser uma estratégia inovadora de apoio a novos negócios.

Nesta modalidade, os doadores que optarem por apoiar determinado projeto, podem fazê-lo por uma recompensa ou sem receber nada em troca. Trata-se também da maneira mais transparente de participar de um projeto, visto que o histórico de compras fica mantido por lei na plataforma.

De acordo com Candice, o modelo de economia coletiva deve ficar ainda mais popular ao redor do mundo, com expectativa de arrecadação de US$ 300 bilhões até 2025; cenário este promissor que pode e deve ajudar também a fomentar os negócios de micro e pequenas empresas.

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