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Juros sobem com dólar e cautela sobre eleições

9 ago 2018 - 10h02
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Os juros futuros avançam, em linha com o dólar forte ante o real e no exterior. Os ajustes precificam expectativas sobre o primeiro debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes, a partir das 22 horas desta quinta-feira, 9, e as próximas pesquisas eleitorais. Na quarta-feira, 8, a postura defensiva com o cenário eleitoral se refletiu em alta das taxas mais longas.

Às 9h17, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,06%, de 7,99% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2021 subia a 9,11%, de 9,03% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 estava a 10,59%, na máxima, de 10,48% no ajuste de quarta. No câmbio, o dólar à vista subia 0,60%, a R$ 3,7868. O dólar futuro de setembro estava em alta de 0,37%, a R$ 3,7955.

No exterior, os mercados operam com pouca tração pela manhã, em meio ao ambiente de cautela. O dólar avança ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities. Também nesta quinta o Tesouro fará leilão de venda de NTN-F, com oferta de 100 mil títulos e de LTN (11 horas).

Antes do debate, o mercado abre com a notícia, que tem viés negativo, de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram a inclusão, na proposta orçamentária de 2019, de reajuste de 16,38% nos próprios salários, que poderão passar dos atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,32.

A decisão do STF foi vista pela equipe econômica como um sinal muito negativo, segundo apurou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), por ir na direção oposta ao necessário ajuste fiscal.

Esse aumento compromete inclusive a argumentação do governo a favor do adiamento do reajuste dos servidores da União de 2019 para 2020. O reajuste salarial ainda precisa ser aprovado pelo Senado e depois sancionado pelo presidente Michel Temer.

O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, avançou 0,37% na primeira quadrissemana de agosto, ganhando força após a alta de 0,23% registrada no fechamento de julho.

Estadão
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