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Juros nos EUA: confira a expectativa do mercado para a reunião do Fed nesta quarta-feira

Há um consenso sobre a elevação da taxa em 0,25 ponto porcentual, mas muitas dúvidas sobre o que vem depois disso

3 mai 2023 - 09h11
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A falência do First Republic Bank na segunda-feira, 1º, restitui as incertezas do sistema bancário americano ao centro das discussões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), mas não deve impedir o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de aumentar os juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 5% e 5,25%, na reunião desta quarta-feira. A inflação de serviços teimosa nos Estados Unidos mantém o foco prioritário na retomada da estabilidade de preços, apesar de sinais de uma ainda incipiente desaceleração da maior economia do planeta.

Na véspera da decisão, marcada para as 15h (de Brasília), monitoramento do CME Group apontava 83,3% de chance de uma elevação de 0,25 ponto porcentual, frente a 16,7% de probabilidade de manutenção da taxa atual. Na esteira dos eventos relativos ao First Republic, o cenário de preservação da taxa básica ganhou algum fôlego entre investidores, embora seja considerado improvável. "A única coisa que poderia reverter no curto prazo esse ciclo de aperto seria um novo acidente nos bancos", diz o estrategista-chefe da Guide Investimentos, Alex Lima.

Orientações para o futuro

Com mais um aumento à vista, o foco de investidores será nas orientações do Fed sobre o futuro. Em especial, a dúvida recai sobre quando será a última elevação de juros, em maio ou junho. Entre os mais pessimistas sobre a evolução da inflação, o Citi projeta aperto até julho, que levaria a taxa ao pico entre 5,5% e 5,75%. Para a instituição financeira, os dados mais recentes apontam uma conjuntura ainda preocupante de preços ascendentes. "A inflação dos serviços básicos (que está mais ligada ao crescimento dos salários) permaneceu elevada", resume.

O Barclays, por sua vez, evita cravar o percurso da política após maio. A tendência, portanto, é de que o Fed deixe a porta aberta para mais aumentos futuros, avalia o banco britânico. Na coletiva de imprensa depois da decisão, Powell deve enfatizar que os próximos passos dependerão dos indicadores macroeconômicos, avalia.

Já o BMO Capital Markets defende que a campanha de aperto monetário se encerrará este ano e que, em seguida, o foco do debate se voltará para o momento do relaxamento. "Embora possa haver um argumento para o Fed aumentar ainda mais, o aperto de crédito desencadeado pela turbulência bancária regional introduziu incerteza suficiente para impedir que o Fed ultrapasse 5,25%", explica.

O Danske Bank avalia que a reunião do Fomc não representará um evento decisivo para o direcionamento dos mercados, uma vez que deve culminar em resultados já amplamente precificados. O euro pode ficar sobre pressão, mas a decisão do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, será mais importante para definir as perspectivas da divisa comum, afirma o banco.

No câmbio, o TD Securities ressalta que indícios de que os juros chegaram ao pico pesariam sobre o dólar, embora a moeda americana deva ficar mais vulnerável ao relatório de emprego dos EUA, o payroll, que sairá na sexta-feira. De acordo com a análise, os treasuries (títulos do Tesouro americano) já estão descontando cortes na taxa básica a partir de setembro. "A reação do mercado será baseada no tom do Fed em relação às condições de empréstimos bancários, crescimento e inflação, bem como orientação sobre novos aumentos ou seu limite para cortar as taxas."

Estadão
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