PUBLICIDADE

Joice minimiza articulação de votação do orçamento impositivo

Para a líder do governo, 'não tem porque quebrar a cabeça por problema que não existe'

10 abr 2019 - 20h04
(atualizado às 21h45)
Compartilhar
Exibir comentários

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), minimizou o risco da articulação de lideranças do Centrão para atrapalhar a votação da admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana que vem. Para ela, a intenção de exigir a antecipação da votação da proposta que torna quase todo o Orçamento impositivo parte de apenas "dois líderes" do bloco e não representa a vontade de todos os deputados.

"Não existe saída possível para um problema que não existe. Não tem por que quebrar a cabeça por um problema que não existe", disse Joice. O centrão ameaça obstruir a votação caso não seja atendido - o que ameaça o quórum necessário para aprovar a reforma na CCJ. "Se alguém quiser obstruir, vai colocar sua digital nisso", avisou a líder.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do Governo no Congresso
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do Governo no Congresso
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Joice disse ainda que nas votações de requerimentos ontem na CCJ, o governo teve 40 votos favoráveis, sinalizando que esse é um termômetro do apoio esperado à proposta no colegiado. Quando questionada sobre o fato de que esses 40 incluem deputados do Centrão, ela disse apenas que o assunto é "bobagem".

"Confio na sensibilidade dos líderes de que o acordo firmado hoje precisa ser mantido. A Previdência é urgente, o resto a gente vai tocando. Para o mercado, para o Brasil, esperar mais 15 dias ou um mês pela Previdência tem um impacto ruim, sim. Em relação à PEC do Orçamento, não vai ter diferença 15 dias ou um mês porque isso vai funcionar no ano que vem", afirmou.

Joice disse que vai conversar com os líderes do Centrão, mas minimizou o problema e disse que não tem medo de retaliação. " Medo é uma palavra que não tenho no meu vocabulário", afirmou.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade