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IEA alerta que cadeias de suprimento de energia solar estão muito concentradas na China

7 jul 2022 - 14h08
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Países precisam expandir a fabricação de painéis solares para além de sua base atual, muito concentrada na China, para garantir um fornecimento seguro e cumprir as metas de redução das emissões de carbono do planeta, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.

Parque de energia solar na China
16/09/2013
REUTERS/Carlos Barria/File Photo
Parque de energia solar na China 16/09/2013 REUTERS/Carlos Barria/File Photo
Foto: Reuters

O mundo precisa dobrar sua capacidade atual de produzir os principais componentes dos painéis solares --polissilício, lingotes, wafers, células e módulos-- até 2030, disse a IEA em um novo relatório.

Em parte graças a investimentos da China, a tecnologia solar fotovoltaica, que converte a luz solar em eletricidade, tornou-se a maneira mais barata de gerar energia em muitas partes do mundo.

Em 2021, a China abrigava 79% da capacidade de fabricação de polissilício, disse a IEA. Desse total, 42% localiza-se na província de Xinjiang, onde a maior fábrica do país responde sozinha por 14% da capacidade global.

"Esse nível de concentração em qualquer cadeia de suprimentos global representaria uma vulnerabilidade considerável", disse à Reuters o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol.

"Se houver um incêndio ou um desastre natural, isso pode ter implicações para a transição global de energia limpa em termos de aumento dos preços e até da disponibilidade de energia solar fotovoltaica, mas se você diversificar e tomar as medidas necessárias, sugerimos aos governos de todo o mundo que esse risco será endereçado, talvez até diminuído", disse Birol.

Sob pressão para reduzir a dependência das importações de gás da Rússia, a União Europeia se comprometeu a fazer "o que for preciso" para reconstruir a capacidade europeia de fabricar equipamentos para instalações solares.

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