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Bolsa fecha em forte queda após Lula deixar a prisão

8 nov 2019 - 18h39
(atualizado às 18h48)
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O Ibovespa fechou em forte queda nesta sexta-feira, com investidores preferindo realizar lucros após decisão da Justiça de libertar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,78%, aos 107.628,98 pontos, ampliando as perdas no final da sessão. O giro financeiro somou 20,2 bilhões de reais. Com a queda, o Ibovespa reverteu o ganho acumulado da semana e terminou em baixa de 0,52%.

Pessoas observam o gráfico do Ibovespa, principal índice do mercado de ações do Brasil. 09/05/2016. REUTERS/Paulo Whitaker
Pessoas observam o gráfico do Ibovespa, principal índice do mercado de ações do Brasil. 09/05/2016. REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A Justiça Federal do Paraná colocou Lula em liberdade após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) da véspera, de impedir prisão para um condenado em segunda instância.

O analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, destacou que a decisão do STF trouxe insegurança jurídica e potencial instabilidade política futura, que, segundo ele, são dois assuntos que preocupam os investidores.

Após ser solto da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpria pena desde abril do ano passado, Lula afirmou que vai percorrer o Brasil. Ele disse ainda que fará um ato no sábado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e que o candidato presidencial do PT na eleição do ano passado, Fernando Haddad, teve o pleito "roubado".

No exterior, o norte-americano S&P 500 terminou o dia com variação positiva de 0,25%, enquanto investidores continuaram à espera de definições nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Para a equipe do BTG Pactual, a volatilidade ainda não acabou e os mercados podem passar por uma realização de lucros no curto prazo.

DESTAQUES

- CVC BRASIL ON desabou 14,15%, após a operadora de turismo reportar o que o analista do Bradesco BBI classificou como "outro trimestre desafiador" para o período de julho a setembro. A companhia também afirmou que espera efeito de 30 milhões a 40 milhões de reais de custos adicionais no futuro em razão do colapso da companhia aérea Avianca Brasil.

- BRF ON caiu 4,2%, mesmo após lucro líquido de 446 milhões de reais nas operações continuadas no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 860 milhões de reais um ano antes, em meio a efeitos tributários e queda sequencial em margens. Em teleconferência, executivos da companhia afirmaram que estão olhando para o quarto trimestre com otimismo em termos da demanda por alimentos no Brasil.

- AZUL PN e GOL PN recuaram 3% e 4,5%, respectivamente, afetadas pela valorização do dólar ante o real, com a cotação à vista acima de 4,15 reais.

- VALE ON recuou 1,86%, em dia de queda do preço do minério de ferro na China.

- IGUATEMI ON desvalorizou-se 3,05%, apesar do balanço trimestral, que mostrou lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 168,5 milhões de reais, alta de 19,4%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

- BR DISTRIBUIDORA ON subiu 1,71%, na esteira de anúncio de programa de desligamento voluntário que trará redução estimada de despesas de cerca de 650 milhões de reais anuais.

- PETROBRAS PN recuou 2,85%, após alta na véspera, mas afastando-se das mínimas conforme o petróleo melhorou no exterior. PETROBRAS ON cedeu 1,61%.

- BRADESCO PN caiu 2,89% e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,49%, pressionando o Ibovespa dado o peso relevante que ambos detêm na composição do índice.

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