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Ibovespa fecha em queda com receio por avanço de reformas

26 out 2017 - 18h45
(atualizado às 18h53)
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O principal índice da bolsa paulista caiu abaixo dos 76 mil pontos nesta quinta-feira, refletindo cautela sobre o andamento de reformas no Congresso, após Câmara dos Deputados rejeitar a denúncia contra o presidente Michel Temer com um placar mais apertado, em dia marcado por resultados corporativos.

Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo
Tela mostra índices de mercado na Bolsa de Valores de São Paulo
Foto: Reuters

O Ibovespa fechou em queda de 1,01 por cento, a 75.896 pontos. O volume financeiro somou 8,46 bilhões de reais.

O índice chegou a subir 0,51 por cento na máxima do dia, chegando aos 77 mil pontos, mas não conseguiu manter fôlego. Este mês, o Ibovespa renovou máximas históricas de fechamento em três pregões, mas todas as vezes ficou abaixo dos 77 mil pontos.

Na noite passada, a Câmara rejeitou a segunda denúncia contra Temer por 251 votos a 233, abaixo da expectativa do governo, que calculava obter entre 260 e 270. Este placar, na visão de alguns agentes de mercado, acende a luz amarela sobre as chances de avanço da agenda de reformas do governo, principalmente a da Previdência.

"Isso deixa um ponto de interrogação porque 250 votos é pouco para reformas. Ainda tem os ausentes e alguns deputados que votaram contra o presidente, mas ainda podem ser favoráveis a reformas, mas o mercado agora quer saber o que vai acontecer", disse o economista da Órama Alexandre Espirito Santo.

DESTAQUES

- AMBEV ON caiu 0,71 por cento, após a empresa reportar alta de 1,2 por cento no lucro líquido ajustado no terceiro trimestre ante igual período de 2016. O Ebitda ajustado foi de 4,552 bilhões de reais, ante 3,999 bilhões de reais um ano antes. Para o BTG Pactual, o Ebitda teve melhora gradual, mas numa base de comparação fraca.

- LOJAS RENNER ON caiu 3,4 por cento, após o Credit Suisse cortar a recomendação das ações para "neutra", ante "outperform", citando o valor, mas destacando que os fundamentos permanecem sólidos.

- KLABIN UNIT recuou 0,31 por cento, após o resultado do terceiro trimestre, que mostrou crescimento de quase 13 vezes do lucro líquido ante igual período do ano passado, para 391 milhões de reais.

- PETROBRAS PN subiu 0,06 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,47 por cento, com os preços do petróleo no mercado internacional em alta. O mercado também monitorou a informação de que a empresa deve concluir ainda 2017 a adesão ao segmento Nível 2 de Governança Corporativa na bolsa paulista. - VALE ON caiu 2,62 por cento, após a empresa reportar lucro líquido de 7,14 bilhões de reais no terceiro trimestre, enquanto o Ebitda ajustado subiu 37,5 por cento ante mesma etapa do ano passado. Segundo o UBS, que têm recomendação de "venda" para os papéis da mineradora, a tendência de queda dos preços de minério de ferro aliada ao aumento de custos ditam cautela com o papel.

- SANTANDER UNIT perdeu 3,6 por cento, após o banco reportar lucro recorrente de 2,586 bilhões de reais entre julho e setembro, alta de 37,3 por cento ante os 1,884 bilhão de igual período de 2016. Após despesas com ágio, o lucro societário subiu 25 por cento por cento ano a ano, a 1,795 bilhão de reais.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 1,37 por cento, após a empresa informar reajuste nos preços da celulose para todos os mercados a partir de 1º de novembro. Após o fechamento do pregão, a empresa reportou lucro líquido de 801 milhões de reais no terceiro trimestre. FIBRIA ON ganhou 1,66 por cento.

- VIA VAREJO UNIT, caiu 3,33 por cento, após ter divulgado lucro líquido ajustado de 14 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 156 milhões de reais um ano antes. O papel da empresa chegou a subir mais de 2 por cento durante o pregão. A empresa é parte do GPA, que caiu 0,35 por cento.

- LOJAS MARISA ON avançou 6,42 por cento após reportar resultado trimestral com crescimento da receita e indicando melhora em tendência, apesar de prejuízo líquido.

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