Haddad usa 'zelador' e 'morador de cobertura' para defender reforma na cobrança do IR
O ministro defende propostas da Fazenda em uma comissão na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 11
Haddad defendeu na Câmara a reforma do Imposto de Renda usando a analogia de um prédio, destacando distorções na tributação, propondo uma alíquota mínima de 10% para grandes rendas e assegurando que os mais ricos não terão novos impostos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comparou o Brasil a um prédio em que o zelador estaria pagando condomínio e o morador da cobertura, não.
A analogia foi feita durante fala em comissão na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 11, e tinha o intuito de defender que a Casa Legislativa aprove a reforma do Imposto de Renda.
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"O morador da cobertura não paga condomínio e o zelador é cobrado condomínio do mesmo prédio. Essa é a verdade sobre o Brasil. É a realidade do Brasil", defendeu o ministro, que disse haver muitas distorções na distribuição de renda do País.
Haddad afirmou ainda ter recebido muitas propostas de outros setores, mas que a enviada pelo Congresso era a melhor que já viu.
"É muito fácil aumentar a alíquota de um imposto. O que nós fizemos: em vez de aumentar a alíquota, não é melhor corrigir as distorções do sistema atual?", afirmou, batendo na tecla de que os mais ricos não serão taxados com um imposto novo.
"A minha aliquota efetiva é em torno de 22%, 23%. Entendo que todos aqui devem pagar isso aí. Nós vamos continuar pagando a mesma coisa. E ninguém aqui tá reclamando disso porque o Brasil precisa dessa arrecadação. Nós estamos falando de quem não paga nem 10% de alíquota efeitva", disse.
"A alíquota efetiva média de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano é 2,5%", complementou Haddad.
Com a criação da chamada "alíquota mínima", a pessoa que paga menos de 10% de imposto terá de complementar; enquanto aquela que já paga os 10% não será afetada.
