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Governo zera tarifa de importação para três tipos de arroz para garantir abastecimento

Intenção é evitar falta do produto após enchentes no Rio Grande do Sul, principal estado produtor do grão no Brasil

20 mai 2024 - 16h42
(atualizado às 18h01)
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Arroz que vinha de outros países do Mercosul já era isento; de outros locais, pagavam a tarifa comum do bloco
Arroz que vinha de outros países do Mercosul já era isento; de outros locais, pagavam a tarifa comum do bloco
Foto: Alex Silva / Estadão / Estadão

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) confirmou há pouco que o governo zerou a tarifa de importação de três tipos de arroz, conforme antecipado pelo Estadão/Broadcast. Em nota, o Ministério informou que a medida foi aprovada em reunião extraordinária do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) nesta segunda-feira, 20, para "garantir o abastecimento" do produto.

"O governo está agindo de forma decisiva para garantir a segurança alimentar e o bem-estar de todos os brasileiros. Ao zerar as tarifas, buscamos evitar problemas de desabastecimento ou de aumento do preço do produto no Brasil, por causa da redução de oferta", disse o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin na nota.

Segundo o MDIC, a isenção do imposto de importação entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial da União e terá validade até 31 de dezembro deste ano. A expectativa é de publicação no DOU até quinta-feira. Estarão inclusos na tarifa zero dois tipos de arroz não parboilizados (descascado e com casca) e um tipo de arroz beneficiado, polido ou brunido. "A Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Secex) vai monitorar a situação para reavaliação do período de vigência, caso necessário, acrescentou a pasta.

O Ministério afirmou ainda que a medida atende a pedido do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o MIDC, a medida visa evitar que a "oferta nacional do produto seja comprometida pelas enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional".

O arroz do Mercosul, do qual provém a maior parte do arroz internalizado pela indústria brasileira, já era livre do imposto de importação. Entretanto, para cereal de países de fora do bloco era aplicada a Tarifa Externa Comum de 9% para o arroz não parboilizado com casca ou descascado e de 10,8% sobre o arroz beneficiado polido ou brunido. Na avaliação do MDIC, há potencial para importação de arroz de outras origens, como a Tailândia.

"Em 2024, até abril, as compras de arroz da Tailândia já representam 18,2% do total importado", observou o MDIC.

Estadão
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