PUBLICIDADE

Gigantes de trading Vitol, Trafigura e Glencore são investigadas em nova fase da Lava Jato

5 dez 2018 - 09h22
(atualizado às 09h40)
Compartilhar
Exibir comentários

As gigantes internacionais Vitol, Trafigura e Glencore estão entre as empresas suspeitas de pagamento de propina a funcionários da Petrobras no âmbito de um esquema de corrupção na área de trading da petroleira estatal com suspeita de pagamentos irregulares de ao menos 31 milhões de dólares, disse o Ministério Público Federal nesta quinta-feira.

Barris de petróleo em Parentis-en-Born, na França 13/10/2017 REUTERS/Regis Duvignau
Barris de petróleo em Parentis-en-Born, na França 13/10/2017 REUTERS/Regis Duvignau
Foto: Reuters

De acordo com comunicado do MPF, há suspeitas de que Vitol, Trafigura e Glencore efetuaram pagamentos de propinas para intermediários e funcionários da Petrobras entre 2011 e 2014 nos montantes, respectivamente, de 5,1 milhões de dólares, 6,1 milhões de dólares e 4,1 milhões de dólares relacionados a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques para estocagem.

O valor total de propina de 31 milhões de dólares investigado pela chamada Operação Sem Limites, 57ª fase da Lava Jato, abarca um período de 2009 a 2014, e os procuradores disseram que há evidências de que ao menos dois funcionários da Petrobras com envolvimento no esquema ainda estão em exercício.

Como parte das investigações, a Polícia Federal deflagrou operação nesta quinta-feira para cumprir 11 mandados de prisão preventiva, além de sequestros de imóveis e bloqueio de valores dos suspeitos.

Recentemente, a Vitol e a Glencore fizeram aquisições na área de distribuição de combustíveis no Brasil.

A holandesa Vitol adquiriu 50 por cento da empresa Rodoil, em outubro, enquanto a suíça Glencore levou 78 por cento da Ale Combustíveis, também neste ano.

Não foi possível contatar imediatamente representantes das três empresas citadas.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade