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FMU pede recuperação judicial por dívidas de R$ 116 milhões

Entre as razões para o pedido, empresa cita a pandemia da Covid-19 e uma disputa com os fundadores da companhia

14 mar 2025 - 08h14
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O Centro Universitário FMU entrou na quinta-feira, 13, com um pedido de recuperação judicial por dívidas de mais de R$ 116 milhões. A empresa, que pertence à gestora Farallon, cita a pandemia da Covid-19 como uma das causas para a dificuldade financeira. Menciona, ainda, uma disputa com os fundadores da companhia, o que já resultou na penhora de R$ 7 milhões.

Na petição à Justiça, a FMU explica que, em 2013, quando os fundadores venderam as operações do Centro Universitário ao grupo americano Laureate, comprometeram-se a alugar os imóveis de sua propriedade para a faculdade.

Os novos controladores teriam se deparado, porém, com "inúmeros problemas" relacionados aos prédios locados, incluindo dívidas. Os fundadores continuam cobrando, da FMU, aluguéis e débitos de IPTU, o que resultou em execuções de títulos extrajudiciais - e na penhora dos R$ 7 milhões de ativos da faculdade. Além disso, foram instaurados dois procedimentos arbitrais para apontar o responsável pelos pagamentos.

FMU entrou com recuperação judicial por dívidas de R$ 116 milhões
FMU entrou com recuperação judicial por dívidas de R$ 116 milhões
Foto: Pedro Accioly/FMU/Divulgação / Estadão

Além dos cerca de R$ 116 milhões sujeitos à recuperação judicial, a empresa tem R$ 57 milhões de passivo tributário. O faturamento líquido, disse a FMU nos autos, foi de R$ 318 milhões em 2024, e a estimativa para 2025 é de R$ 336 milhões. "Apesar de o faturamento líquido indicar um aumento em relação ao ano anterior, é certo que este montante ainda não é suficiente para equalizar a integralidade de seu passivo", afirmou a instituição de ensino no processo.

Em 2021, a Ânima adquiriu os ativos do Laureate e, paralelamente, vendeu a FMU para a gestora Farallon, para não ter restrições no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O pedido de recuperação judicial foi ajuizado na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

A FMU emitiu comunicado dizendo que a reestruturação "não acarretará nenhuma mudança no funcionamento diário da FMU e da FIAM/FAAM, nem impactará os 60 mil alunos matriculados em cursos presenciais, semi presenciais e online. As atividades acadêmicas continuarão sem qualquer interrupção, garantindo a normalidade do calendário letivo e o pleno funcionamento das sete escolas que compõem a instituição - Direito, Saúde, Educação, Engenharia, Negócios, Indústria Criativa e Tecnologia", afirmou.

Estadão
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