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Fitch espera recessão mais profunda e prolongada no Brasil

7 dez 2015 - 12h29
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Foto: Lula Marques/Agência PT

A agência de classificação de riscos Fitch Ratings piorou suas projeções para o crescimento econômico do Brasil. Agora a agência prevê que a fraqueza da economia brasileira será mais profunda e mais prolongada do que o esperado anteriormente.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2015 foi revisada de recuo de 3% para contração de 3,7%, enquanto o de 2016 foi de declínio de 1% para queda de 2,5%. Para 2017, a Fitch projeta crescimento de 1,2%.

"A contínua política monetária restritiva, algum aperto fiscal e o aumento das taxas de desemprego vão continuar a conter a demanda doméstica em 2016, enquanto uma recuperação material da confiança continuará até que o ambiente político se estabilize", diz a Fitch em relatório.

A agência avalia que a incerteza política permanece elevada com crescente alcance das investigações na Petrobras e o contínuo risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O crescimento mais fraco do que o esperado da China, os preços mais baixos das commodities, a maior volatilidade do câmbio e a contínua incerteza política e das políticas internas representam riscos para o crescimento em 2016, afirma a Fitch.

As revisões do PIB do Brasil estão em um relatório distribuído nesta segunda-feira (7) sobre projeções econômicas globais. Nele, a Fitch avalia que as preocupações com o crescimento global não desapareceram, mas que os problemas dos mercados emergentes não parecem estar causando danos extremos às principais economias avançadas. A agência projeta crescimento do PIM mundial de 2,3% este ano, 2,6% em 2016 e de 2,7% em 2017. 

A Fitch ainda classifica o Brasil como grau de investimento, com rating BBB- e perspectiva negativa.

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