Inadimplência dos brasileiros aumenta antes do fim do ano
A taxa de inadimplência total deve subir de 4,35% em agosto para 4,43% em outubro
A inadimplência no Brasil deverá aumentar de 4,35% para 4,43% até outubro de 2025, com destaque para o crédito privado, cuja taxa de inadimplência deve subir de 6,50% para 6,58%, refletindo a maior dificuldade dos consumidores em honrar dívidas.
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), em parceria com a FIA Business School, projeta um aumento na taxa de inadimplência das pessoas físicas entre agosto e outubro de 2025.
Segundo o estudo, a taxa de inadimplência total deve subir de 4,35% em agosto para 4,43% em outubro. Já a taxa de inadimplência dos chamados recursos livres — que são operações de crédito sem taxas reguladas e que não envolvem recursos do BNDES — deverá crescer de 6,50% para 6,58% no mesmo período.
Isso indica que este tipo de crédito privado tem uma tendência de aumento maior na inadimplência, refletindo uma pressão maior sobre o sistema financeiro nacional e sinalizando que o consumidor enfrenta dificuldades crescentes para honrar suas dívidas.
A inadimplência é medida pelo percentual da carteira de crédito que possui pelo menos uma parcela com atraso superior a 90 dias. Os recursos livres abrangem empréstimos pessoais, crédito rotativo do cartão de crédito e financiamentos que não têm condições especiais reguladas pelo governo.
Por não incluir operações com taxas fixas ou recursos públicos, a inadimplência dos recursos livres serve como um termômetro mais direto das condições do mercado de crédito privado e da capacidade de pagamento dos consumidores.
Esse cenário indica que, embora a inadimplência total tenha um aumento relativamente modesto, o crédito privado que depende das condições de mercado enfrenta uma elevação mais significativa da inadimplência, o que pode demandar atenção especial do varejo, instituições financeiras e consumidores para evitar maiores impactos econômicos e financeiros.
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