Fed entra em silêncio e mercado amplia expectativa por juros menores
Em evento nesta segunda-feira (1º), Jerome Powell não comentou sobre política monetária
No cenário internacional, repercute o silêncio de Jerome Powell em evento no Hoover Institution ontem, onde não comentou política monetária. O discurso marcou o início do período de silêncio antes da reunião do Fomc, marcada para o próximo dia 10. Nesta terça (2), Michelle Bowman fala às 12h, mas também não deve tocar no tema.
O Ibovespa iniciou dezembro testando níveis recordes, mas ao final do pregão desta segunda-feira (1º) recuou 0,29%, aos 158.611 pontos, mas ainda assim segue perto do melhor desempenho anual desde 2016, e com o mercado de olho nos juros no Brasil e nos EUA.
O desempenho do índice foi limitado pelo setor financeiro, que puxou o índice para baixo, com Bradesco recuando 1,53%. Por outro lado, as blue chips contiveram parte das perdas: Petrobras valorizou 0,63% (ON) e 0,19% (PN), enquanto a Vale registrou alta de 0,77%. As maiores altas ficaram com a Eneva (+3,42%), enquanto a CVC liderou as quedas.
No câmbio, o dólar subiu 0,46%, a R$ 5,36, com o aumento da demanda por remessas ao exterior.
No cenário internacional, repercute o silêncio de Jerome Powell em evento no Hoover Institution ontem, onde não comentou política monetária. O discurso marcou o início do período de silêncio antes da reunião do Fomc, marcada para o próximo dia 10. Nesta terça (2), Michelle Bowman fala às 12h, mas também não deve tocar no tema.
As apostas no CME Group seguem firmes: 88% do mercado acredita em um corte de 25 pontos-base ainda este ano. Mas tudo pode mudar com o dado de inflação PCE, que será divulgado nesta sexta-feira (5).
Na Europa, as bolsas avançam em meio às expectativas de decisões importantes em dezembro e o Banco da Inglaterra também tende a reduzir os juros diante da fraqueza econômica.
Na Ásia, as bolsas fecharam mistas: Coreia do Sul e Taiwan subiram com apoio das ações de tecnologia, enquanto Xangai e Shenzhen caíram e Tóquio ficou estável. Em Nova York, os futuros operam perto da estabilidade, com foco total na possibilidade de corte de juros pelo Fed ainda este mês.
No mercado de commodities, o petróleo opera estável com tensões entre EUA e Venezuela e ataques na Rússia, enquanto o minério de ferro avançou levemente em Dalian, enquanto contratos em Singapura ficaram estáveis.
No Brasil, o mercado não comprou o discurso duro de Gabriel Galípolo. Mesmo após o presidente do BC repetir que pode voltar a subir os juros, as apostas majoritárias seguem apontando para um corte da Selic em janeiro de 2026.
Na agenda econômica, a produção industrial de outubro é o dado mais esperado do dia, enquanto o governo tenta reduzir tensões no Congresso para avançar na pauta econômica.
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