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Estudo da PwC aponta que custo de realização de IPO no Brasil é, em média, metade dos EUA

O levantamento foi feito a partir de dados públicos disponibilizados pela B3 sobre IPOs de janeiro de 2004 a abril de 2018

15 mai 2019 - 17h10
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As despesas associadas às ofertas públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) no mercado de capitais brasileiro são menores do que nos Estados Unidos. A informação é uma das principais conclusões de um estudo elaborado pela PwC Brasil. A pesquisa indicou que, como porcentual dos recursos captados, os custos médios relacionados com o IPO no Brasil variam em média entre 2,5% a 5,6% do valor total da oferta, enquanto nos Estados Unidos a média fica entre 4% e 11,7%.

O levantamento foi feito a partir de dados públicos disponibilizados pela B3 sobre IPOs de janeiro de 2004 a abril de 2018, além de entrevistas realizadas com 27 companhias de capital aberto. "Nossa base de comparação foi uma pesquisa, também feita pela PwC nos EUA, sobre o mercado de capitais norte-americano. Nesse período, foram 182 IPOs de empresas brasileiras, sendo que 97% das ofertas ocorreram no Brasil", explica em nota o sócio da consultoria da PwC Brasil, Kieran McManus.

O estudo revelou que o Brasil tem custo médio menor na manutenção de uma empresa de capital aberto. Dois terços das participantes brasileiras informaram que seus custos recorrentes como companhia aberta são inferiores a US$ 400 mil. Já na pesquisa da PwC, realizada em 2017 com empresas abertas dos Estados Unidos, 6% dos diretores financeiros informaram custos recorrentes inferiores a US$ 500 mil.

Para 75% dos executivos cujas empresas são listadas no Brasil, os custos recorrentes de uma companhia aberta equivalem ou são menores que as expectativas iniciais. Já no mercado norte-americano, metade afirma que os custos estão alinhados com as expectativas iniciais.

O tempo de preparação para as IPOs também é menor no mercado brasileiro. O estudo mostra que, considerando o momento da tomada de decisão até a oferta pública, 72,7% das empresas disseram que sua preparação dura menos de seis meses. Nos Estados Unidos, o tempo de preparo é, em média, de seis a nove meses e conta ainda com uma fase anterior de planejamento e organização que dura entre 12 a 18 meses.

"Os dados desse estudo mostram que o processo de listagem no Brasil é extremamente competitivo", comenta em nota o diretor de Relacionamento com Clientes-Brasil da B3, Felipe Paiva. "A meta da B3 é desenvolver o mercado de capitais e para tal estamos constantemente revisando nossas regras, buscando a proteção aos investidores com a adoção das melhores práticas de governança corporativa e viabilizando novas ofertas públicas de ações", completou.

Estadão
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