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Bolsa: Gerdau despenca, e Vale tem prejuízo bilionário

25 fev 2016 - 11h18
(atualizado às 11h27)
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“Os próximos trimestres serão bastante desafiadores para a Vale", afirma analista
“Os próximos trimestres serão bastante desafiadores para a Vale", afirma analista
Foto: Vale/Divulgação / O Financista

Veja os destaques do mundo corporativo desta quinta-feira (25):

Destaques

Zelotes - A Polícia Federal realiza buscas em sedes do grupo Gerdau nesta quinta-feira (25) no âmbito da operação Zelotes que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Um dos mandados de condução coercitiva é para o presidente-executivo da empresa, André Gerdau Johannpeter. As ações da Gerdau (GGBR4) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4) caem forte na Bovespa.

Bomba - A Vale fechou 2015 com prejuízo líquido acumulado de R$ 44,213 bilhões, ante um lucro de R$ 954 milhões, devido principalmente a uma menor margem na geração de caixa, maiores baixas contábeis e ao efeito negativo nos resultados financeiros da depreciação do real ante o dólar, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (25). De acordo com a Economatica, o prejuízo da Vale divulgado nesta quinta-feira (25) é o maior já registrado por uma empresa de capital aberto no Brasil desde 1986.

“Os próximos trimestres serão bastante desafiadores para Vale e é necessário sangue frio para os que possuem o papel. Mesmo assim, negociando a 0,3 vez valor patrimonial, vemos nela capacidade para enfrentar o cenário atual de modo que um investimento de longo prazo ainda nos pareça convidativo. Reitera-se: de longo prazo. Apenas com esse horizonte”, avalia Roberto Altenhofen, analista da Empiricus Research em um relatório enviado a clientes.

Varejo - O Grupo Pão de Açúcar anunciou nesta quinta-feira (25) que seu lucro líquido atribuído aos acionistas controladores recuou 98,8% no quarto trimestre do ano passado, para R$ 6 milhões, frente ao lucro líquido de R$ 485 milhões reportado no mesmo período do ano anterior. 

"No geral, nós esperamos uma reação negativa do mercado em relação aos resultados do 4T15", comenta a analista Paola Mello, do Citi Research. A recomendação para a ação (PCAR4) é de Neutro/Alto Risco, "principalmente como reflexo das expectativas de compressão da margem bruta na divisão de alimentos e uma deterioração na perspectiva para as subsidiárias Cnova e Via Varejo".

Racha - A disputa dos funcionários da Petrobras pela cadeira no conselho de administração trouxe neste ano para o segundo turno da eleição, pela primeira vez, um nome que não tem o apoio de grandes federações de petroleiros e ameaça a hegemonia dos sindicatos na representação dos trabalhadores no colegiado. A engenheira de petróleo Betânia Coutinho teve, no primeiro turno, quase o mesmo número de votos que o técnico de segurança na Refinaria Landulpho Alves Deyvid Bacelar, candidato à reeleição, apoiado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Queda - O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 2,512 bilhões no quarto trimestre, queda ante os R$ 2,959 bilhões no mesmo período de 2014.

"Para 2016 o banco espera um crescimento das operações de crédito no país, entre 3% e 6% (após 5,9% em 2015). As expectativas de PDD sobre a carteira sobem de 3,6% em 2015 para o intervalo entre 3,7% e 4,1% em 2016", avalia Mario Roberto Mariante, analista da Planner.

Segundo ele, as operações da BB Seguridade devem continuar contribuindo positivamente para o resultado do Banco do Brasil este ano, via equivalência patrimonial.

Bebendo... menos - A Ambev teve lucro líquido de R$ 4,259 bilhões no quarto trimestre, queda ante os R$ 4,659 bilhões no mesmo período de 2014.

Segundo a Haitong Research, os resultados operacionais da Ambev vieram em linha com o esperado, mas com o lucro abaixo das expectativas por conta das despesas financeiras elevadas. “Entretanto, a nossa principal surpresa veio dos volumes vendidos de cerveja no Brasil, que vieram 3,8% abaixo das nossas estimativas, enquanto as vendas de refrigerantes foram 0,6% menores”, ressalta a analista Catarina Gervai Pedrosa, em relatório.

Pré-sal - O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto que desobriga aPetrobrasde ser a operadora única e de ter participação mínima de 30% nos consórcios formados para as explorações do petróleo da camada dopré-sal.

"A extinção do modelo de partilha ajuda, mas não resolve o problema da companhia que tem R$ 506 bilhões de dívida e 73% desse montante em dólar e com o preço do petróleo em baixa. Seguimos céticos com o ativo", avalia XP Investimentos, em relatório.

Tim e Oi - A companhia de investimentos sediada em Londres LetterOne, controlada pelo bilionário russo Mikhail Fridman, afirmou nesta quinta-feira (25) que não pode mais prosseguir com um plano de apoiar uma fusão entre a Oi e a Tim.

Conta tudo - O Cade ordenou que o HSBC lhe informe todas as ofertas recebidas nos últimos dois anos pela subsidiária brasileira e explique por que escolheu a oferta de US$ 5,2 bilhões do Bradesco. O Cade também disse que o HSBC deve fornecer documentos, apresentações, avaliações e relatórios internos que embasaram a decisão, segundo ofício de 27 de janeiro para o HSBC e o Bradesco.

Queima-filme - O Banco do Brasil tem apanhado no mercado de bonds muito em razão de sua forte ligação com o governo brasileiro. As notas conhecidas como CoCo, que são títulos de dívida diretamente relacionados aos níveis de capital do banco, tiveram o pior desempenho entre 133 títulos CoCo similares denominados em euros ou dólares. O montante de US$ 1,64 bilhão em bonds do banco vendido em 2012 teve perda de 25% em 2016, sete vezes a média para esses títulos.

Daqui, não saio... - O grupo siderúrgico Ternium, parte da italiana Techint, considera o Brasil como um investimento de longo prazo e não está avaliando no momento se desfazer de sua participação na Usiminas, apesar da briga com a sócia japonesa Nippon Steel pelo controle da companhia brasileira. Foi o que garantiu seu presidente, Daniel Novegil, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira (24).

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