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Emirados Árabes dizem que haverá investigação conjunta sobre ataque a petroleiros

22 mai 2019 - 09h48
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Os Emirados Árabes Unidos disseram nesta quarta-feira que a participação de diversos países em uma investigação sobre ataques a navios petroleiros em sua costa na semana passada deverá assegurar a "imparcialidade e transparência" de eventuais descobertas sobre o caso.

O país do Golfo Árabe ainda não responsabilizou ninguém pelos atos de sabotagem contra quatro embarcações, incluindo dois navios-tanque sauditas, mas uma autoridade disse que Abu Dhabi está preocupada com o comportamento do Irã na região.

"A disposição de nossos parceiros internacionais em participar da investigação e dos esforços conjuntos apóia a imparcialidade e transparência na obtenção de resultados", disse o Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal WAM.

Fontes do governo dos EUA disseram à Reuters que acreditam que Teerã encorajou o grupo iemenita Houthi, alinhado ao Irã, ou milícias xiitas do Iraque a realizarem os ataques.

Teerã distanciou-se do ataque, que ocorre em momento em que o Irã e os Estados Unidos estão em conflito devido a sanções norte-americanas ao petróleo iraniano e à presença militar dos EUA na região do Golfo.

A declaração do Ministério de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos comemorou a participação de vários países "amigáveis e fraternos" na investigação, mas não os nomeou. A pasta também não deu um prazo para os trabalhos, dizendo que a investigação levará "o tempo necessário".

Autoridades dos Emirados Árabes Unidos disseram que os Estados Unidos e a França, que tem uma base naval em Abu Dhabi, participam da investigação, assim como Arábia Saudita e Noruega.

Um petroleiro com registro na Noruega e uma barcaça de combustível dos Emirados Árabes Unidos estavam entre os navios atingidos perto de Fujairah, um dos maiores centros de abastecimento de combustível do mundo, nos arredores do Estreito de Ormuz.

A Arábia Saudita, aliada dos muçulmanos sunitas, convocou uma cúpula emergencial do Golfo e dos países árabes em Meca em 30 de maio para discutir as conseqüências do ataque sobre os petroleiros e de um ataque com drones armados dois dias depois sobre instalações petrolíferas no país, pelo qual os houthis assumiram responsabilidade.

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