Elon Musk tentou demitir autoridades por e-mail: FBI, Pentágono e NASA intervieram em segredo
DOGE exigiu relatórios semanais por e-mail, mas NASA, Pentágono e FBI silenciaram por sigilo.
Elon Musk, via DOGE, exigiu que mais de 2,3 milhões de servidores públicos federais dos EUA respondessem um e-mail sobre suas atividades, sob pena de demissão. Agências como NASA e FBI ignoraram a exigência devido à confidencialidade de informações.
Elon Musk anunciou em seu perfil no X (antigo Twitter) que a DOGE — Departamento de Otimização da Governança e Eficiência — enviaria um e-mail para todos os funcionários federais exigindo uma resposta no prazo de até 48 horas. Quem não respondesse, seria considerado automaticamente desligado do cargo.
A mensagem foi direcionada aos mais de 2,3 milhões de servidores públicos federais dos Estados Unidos. Segundo a revista Fortune, o assunto do e-mail era direto: "O que você fez na semana passada?".
No corpo da mensagem, a DOGE solicitava que cada funcionário informasse em que havia trabalhado nos últimos dias. A ausência de resposta seria interpretada como abandono de função — ou seja, demissão imediata.
Resistência e silêncio das agências
Diante da exigência, agências como a NASA, o Pentágono e o FBI decidiram ignorar completamente o comunicado, alegando que as atividades desenvolvidas por seus funcionários são sigilosas e não podem ser compartilhadas nem mesmo nesse tipo de solicitação.
A movimentação expôs um impasse entre o novo departamento liderado por Musk e os pilares mais tradicionais da Administração Pública norte-americana.
Musk e a tática do e-mail "ultimato"
Essa não é a primeira vez que Elon Musk usa o e-mail ultimato como ferramenta de pressão. Em 2022, quando assumiu o controle do Twitter, ele adotou uma estratégia semelhante: enviou mensagens aos funcionários pedindo que aceitassem suas novas diretrizes — ou pedissem demissão.