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Ele transformou pipas de kitesurf em roupas e pode faturar até R$ 80 mil neste ano

O arquiteto Alexandre Rezende criou a marca Kitecoat, que ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade

27 out 2025 - 04h59
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Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Foto: Divulgação

O arquiteto carioca Alexandre Rezende, 50 anos, nunca se conformou com o desperdício de materiais. Quando percebeu que a lona de seu primeiro kite (pipa, em português), usada nas velas de kitesurf, levaria cerca de 300 anos para se decompor, enquanto a vida útil do material era entre 250 e 300 sessões, decidiu fazer da preocupação um propósito. Dessa inquietude nasceu a Kitecoat, uma marca que transforma as lonas das pipas do kitesurf em roupas esportivas. 

Cada pipa possibilita a produção de até três jaquetas, unindo design e sustentabilidade a partir do reaproveitamento do nylon ripstop, um tecido resistente, que antes seria descartado e que agora é coletado em parceria com escolas de kitesurf. Em troca, os locais ganham peças da marca. As jaquetas parkas oversize são o carro-chefe. 

Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Foto: Divulgação

Na Kitecoat, toda peça é única. As costureiras transformam o material em jaquetas, coletes ou shorts, e nenhuma peça é igual a outra, preservando a identidade e a história de cada pipa.  “O design e a funcionalidade são essenciais no produto, caso o insumo tenha memorabília gera um valor agregado maior e desperta uma sensação de pertencimento maior ao consumidor mesmo que não seja próximo ao insumo ou ao produto. E sempre fazer contratos para qualquer iniciativa no sentido”, afirma. Alexandre Rezende

Outros produtos também se destacam pela funcionalidade, como as ecobags com ‘forro furadinho’. “A peça permite que todos os itens colocados nela na praia sejam ‘peneirados' até o trajeto da praia para o carro ou da praia para casa.”

Alexandre Rezende, 50 anos, investigou em marca
Alexandre Rezende, 50 anos, investigou em marca
Foto: Divulgação

A marca, que já soma 11 anos de trajetória, encontrou um equilíbrio entre propósito e rentabilidade. Segundo Rezende, nos últimos anos a iniciativa ganhou tração e visibilidade no universo da moda, o que impulsionou o lucro e abriu novas parcerias. Entre as colaborações mais marcantes estão a feita com a Voz dos Oceanos, movimento mundial de combate à poluição plástica. “Fizemos uma edição com 60 peças produzidas a partir da vela do veleiro Kat, da família Schurmann. Outra parceria recém-lançada é entre a Kitecoat e a Poltrona Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, feita com as velas do medalhista olímpico Lars Grael”, relembra.

O projeto está alinhado a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como os de trabalho digno, inovação, "cidades e comunidades sustentáveis, e consumo responsável. “Impactamos o meio ambiente reutilizando tais materiais, socialmente com condições justas de trabalho, e a sociedade de uma forma geral influenciando em novos comportamentos e escolhas de consumo”, conta o empreendedor.

Apesar do avanço da consciência ecológica, Alexandre reconhece que o público ainda precisa compreender o valor dos produtos feitos a partir do reuso. A cultura do upcycling (reciclagem, em português), embora mais aceita, ainda enfrenta comparações com itens produzidos em larga escala. Mesmo assim, ele acredita que o design e a funcionalidade são os pilares que sustentam o valor do produto. 

Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Kitecoat ressignifica materiais para unir design e sustentabilidade
Foto: Divulgação

Em 2025, a Kitecoat vendeu cerca de 400 jaquetas, 100 shorts e 200 ecobags. Na loja online, os preços dos produtos variam entre R$ 235 e R$ 800. O lucro líquido mensal fica entre R$ 5 e R$ 7 mil. Segundo o empresário, este ano a empresa está no limite do MEI para o Simples Nacional, permitindo um faturamento anual de até R$ 81 mil. A meta para 2026 é aumentar em 50% o faturamento. 

Atualmente, a empresa comercializa os produtos no espaço Barra Funda Autoral (BAFU), em São Paulo, e no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro, além de pontos sazonais no Nordeste, durante a temporada de ventos e na loja online. O modelo de negócios é flexível: o cliente pode comprar uma peça pronta, enviar sua própria vela de kite para ser transformada em jaqueta, ou até doar duas velas e receber uma peça gratuitamente.

Fonte: Portal Terra
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