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Dólar tem leve baixa com mercado atento a encontros de Bolsonaro, um dia após Guedes

4 abr 2019 - 10h21
(atualizado às 12h54)
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O dólar tinha leve queda ante o real nesta quinta-feira, com o mercado ainda digerindo a participação tumultuada do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e monitorando encontros do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares.

REUTERS/Ricardo Moraes
REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Às 12:08, o dólar recuava 0,31 por cento, a 3,8666 reais na venda. Na véspera, a cotação subiu 0,57 por cento, a 3,8787 reais.

Na B3, a referência do dólar futuro oscilava em torno da estabilidade, a 3,873 reais.

Em uma audiência de mais de seis horas e marcada por embates com a oposição, Guedes reconheceu que o Congresso poderá mudar a reforma da Previdência em pontos considerados sensíveis, mas reforçou o apelo para economia robusta o suficiente para abrir caminho para o sistema de capitalização.

A participação do ministro terminou de forma abrupta, com a decisão do presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), de encerrar a audiência depois de um novo conflito entre deputados da oposição e Guedes.

Na avaliação do sócio do grupo Laatus, Jefferson Laatus, a audiência da véspera trouxe ao mesmo tempo um sinal positivo, depois que Guedes defendeu e falou bem sobre a reforma, e um sinal negativo, o de que a oposição atuará fortemente contra a proposta.

"Preocupa a ausência de aliados, a gente não viu a Joice (Hasselmann), não vimos o Eduardo Bolsonaro. O sentimento foi de que Guedes foi momentaneamente jogado aos leões", avaliou Laatus, acrescentando que a articulação política ainda está aquém do esperado por agentes financeiros.

Cresce a preocupação entre investidores sobre a capacidade de Guedes e outros membros do Executivo em convencer a Câmara dos Deputados sobre a necessidade de aprovar a reforma.

Agora o mercado passa a olhar para os encontros de Bolsonaro com parlamentares, previstos para durarem todo o dia, com o objetivo de articular a reforma da Previdência.

"É uma sinalização super positiva, de que vai começar de fato a articular. Há uma preocupação grande do mercado se ele vai conversar ou não com a oposição. Se não conversar, vai ser pior", disse Laatus sobre a agenda de Bolsonaro.

O Banco Central vendeu o lote integral de 5.350 contratos de swap cambial tradicional ofertados nesta quinta-feira em operação de rolagem do vencimento maio. Em quatro leilões neste mês, o BC já vendeu 1,070 bilhão de dólares nesses contratos. O lote a expirar em 2 de maio é de 5,343 bilhões de dólares.

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