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Dólar sobe quase 1% e volta a R$2,25, com Fed e baixo volume

Giro financeiro ficou em cerca de US$ 670 milhões

17 jun 2014 - 13h18
(atualizado às 13h24)
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Foto de uma nota de 100 dólares tirada em um banco, em Seoul. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta e foi abaixo da barreira dos 2,20 reais. 20/09/2011
Foto de uma nota de 100 dólares tirada em um banco, em Seoul. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta e foi abaixo da barreira dos 2,20 reais. 20/09/2011
Foto: Lee Jae-Won / Reuters

O dólar fechou em alta de quase 1% e voltou à casa dos R$ 2,25 nesta terça-feira, acompanhando o exterior, num mercado marcado pelo baixo volume e com investidores preocupados com a política monetária norte-americana.

Especialistas afirmaram que o movimento foi exagerado pelo baixo volume de negociações com o fechamento antecipado do mercado, por conta do jogo da seleção brasileira nesta tarde. A moeda americana subiu 0,86%, a R$ 2,2570 na venda. O giro financeiro ficou em cerca de US$ 670 milhões, segundo dados da BM&F. "A inflação acima das expectativa nos EUA induziu esse movimento de apreciação do dólar lá fora, e o real seguiu nessa esteira", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

"Mas o BC tem sinalizado que não quer o dólar fora da banda de conforto de R$ 2,20 a R$ 2,25 e por isso, o dólar não deve permanecer nesse nível", acrescentou, referindo-se às intervenções regulares feitas pela autoridade monetária. Na avaliação de boa parte do mercado, essa banda informal agradaria ao BC por não ser inflacionária e, ao mesmo tempo, não prejudicar as exportações.

Os preços ao consumidor dos EUA avançaram 0,4% em maio, maior aumento em mais de um ano, alimentando expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa adotar tom menos expansionista na reunião de política monetária desta semana.

O Fed anuncia sua decisão na quarta-feira, num momento em que tem reduzido suas medidas de estímulo econômico e discutido o eventual aumento da taxa de juros. Juros mais altos nos EUA tenderiam a atrair recursos de volta à maior economia do mundo, impulsionando a divisa norte-americana. Nesse contexto, o dólar avançava contra o euro, o iene e as principais moedas emergentes.

O movimento do dólar no Brasil veio em meio a um mercado esvaziado, antes do jogo da Copa do Mundo. O pregão terminou antecipadamente, às 13h, e muitos participantes do mercado permaneceram afastados das mesas. "Todo mundo está mais preocupado com futebol do que com o mercado", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,5 milhões. Foram 3,4 mil contratos para 2 de fevereiro e 600 para 1º de junho de 2015. Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou cerca de 52% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.

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