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Dólar sobe e volta a encostar nos R$3,30 com temores de guerra comercial

15 mar 2018 - 12h01
(atualizado em 20/3/2018 às 19h16)
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O dólar subia e voltava a encostar no patamar de 3,30 reais nesta quinta-feira, acompanhando a cena externa em meio aos temores cada vez maiores de possibilidade de guerra comercial desencadeada pela política mais protecionista nos Estados Unidos.

Notas de dólar dos Estados Unidos
26/03/2015
REUTERS/Gary Cameron
Notas de dólar dos Estados Unidos 26/03/2015 REUTERS/Gary Cameron
Foto: Reuters

Às 11:58, o dólar avançava 0,60 por cento, a 3,2806 reais na venda, depois de ir a 3,2960 reais na máxima deste pregão, com alta de cerca de 1 por cento. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,60 por cento.

"O que está contribuindo para a cautela é a insegurança com o governo norte-americano ainda mais voltado ao protecionismo, cercando-se de pessoas mais conservadoras", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de pesadas tarifas para as importações de aço e alumínio, gerando reações no mundo todo e que acabou afetando a sua própria equipe. O então assessor econômico Gary Cohn deixou o cargo, para ser substituído por Larry Kudlow, um republicano que atuou como conselheiro econômico do ex-presidente Ronald Reagan na década de 1980.

Além disso, Trump promete impor tarifas sobre 60 bilhões de dólares de importações norte-americanas da China, elevando os temores da guerra comercial global.

Nesta quinta-feira, os EUA também decidiram anunciar sanções contra a Rússia, individuais e em grupo, e os russos já avisaram que vão adotar medidas de retaliação.

Em meio às tensões comerciais, os investidores em moedas no exterior procuravam o iene, que subia ante o dólar. O iene deve ser o principal beneficiário de qualquer aumento do protecionismo comercial, dado o forte excedente da conta corrente do Japão e a reputação da moeda de ser um refúgio seguro.

A moeda norte-americana avançava ante uma cesta de moedas e também sobre divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou 2,8 bilhões de dólares do total de 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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