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Dólar sobe ante rivais, mas euro avança à espera do BCE e com Itália no foco

11 jun 2018 - 15h45
(atualizado em 2/7/2018 às 14h57)
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O dólar apresentou ganhos em relação a outras moedas fortes, como o iene e a libra, à espera de eventos importantes durante a semana, como uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Já o euro continuou sua escalada à medida que houve um arrefecimento das tensões envolvendo a política italiana. Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 110,06 ienes, a libra cedia para US$ 1,3386 e o euro avançava para US$ 1,1789. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas, fechou em alta de 0,03%, aos 93,576 pontos. A agenda desta semana tem pela frente eventos importantes tanto na arena geopolítica quanto no campo econômico. Na noite desta segunda-feira, 11, Trump e Kim Jong-un iniciam uma cúpula entre os dois países, a qual vem sendo monitorada pelos mercados em todo o globo. Para o presidente do Council on Foreign Relations, Richard Haas, o mau humor relacionado com a cúpula de líderes do G-7 joga a favor do líder norte-coreano. De acordo com Haas, Trump vai evitar um novo fracasso em Cingapura, para não ser visto como o problema. "Isso aumenta o incentivo para Kim elevar suas demandas e limitar seus compromissos e para Trump fazer o oposto", escreveu. No G-7, o principal alvo do governo americano foi o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Após criticar as tarifas impostas por Washington às importações de aço e de alumínio, o canadense sofreu um bombardeio de Trump via Twitter. O presidente dos EUA se recusou a apoiar a declaração conjunta do grupo e que chamou Trudeau de "fraco" e "desonesto". Nesse sentido, as moedas do México e do Canadá foram atingidas, à medida que os investidores se tornaram ainda mais céticos quanto a um acordo envolvendo o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). No fim da tarde, o dólar subia para 20,5945 pesos mexicanos e avançava para 1,2987 dólar canadense. Em solo europeu, os investidores aguardam a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), enquanto mostraram otimismo com a política italiana. No fim de semana, o novo ministro das Finanças do país, Giovanni Tria, afirmou que o governo italiano está determinado a manter o país na zona do euro, afastando um resquício de tensões envolvendo o tema, o que apoiou a moeda única. Nos mercados emergentes, o destaque negativo ficou, novamente, com a moeda da Argentina. O peso sofreu nova rodada de desvalorização, com o dólar chegando ao fim da tarde cotado a 26,0630 pesos argentinos, no maior valor da história, mesmo após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter elogiado a atuação concedida ao banco central do país na questão cambial e na fixação da meta de inflação. Para a agência de classificação de risco Fitch, o acordo entre a Argentina e o FMI reduz os riscos financeiros do país, mas o futuro da nota de crédito argentina "dependerá da implementação de medidas que restaurem a credibilidade de Buenos Aires e diminuem fragilidades econômicas".

Estadão
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