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Dólar cai na véspera de Copom e Fed

16 mar 2021 - 17h36
(atualizado às 17h39)
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O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, mas ficou longe das mínimas intradiárias, com operadores reduzindo exposição na véspera de decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Notas de dólares
02/08/2011
REUTERS/Yuriko Nakao
Notas de dólares 02/08/2011 REUTERS/Yuriko Nakao
Foto: Reuters

O dólar à vista caiu 0,38%, a 5,6166 reais na venda, após variar entre 5,634 reais (-0,08%) e 5,5585 reais (-1,42%).

O câmbio no Brasil mostrou nesta sessão menos aderência aos mercados de moedas no exterior, com o foco dos agentes na magnitude do provável aumento de juros na quarta-feira e nos sinais que o Banco Central dará no comunicado.

"Nosso cenário-base conta com apreciação do real a partir daqui", disse Gabriel Santos, estrategista do Rabobank, citando a expectativa de elevação dos juros pelo BC, além de esperança de continuação da agenda fiscal. Santos prevê dólar de 5,15 reais ao fim deste ano e de 5,05 reais no término de 2022, além de aumento de 0,50 ponto percentual do juro na quarta-feira.

A moeda brasileira tem sofrido nos últimos anos com perda de apelo para operações de arbitragem com taxa de juros ("carry trade"), além de maior risco fiscal e baixo crescimento econômico no país.

Apenas em 2021, o real cai 7,5% ante o dólar, depois de recuar mais de 20% no ano passado.

Um profissional de um grande banco em São Paulo disse que parece haver uma "disposição" do BC de não ser tão "hawk" (duro com a inflação) no comunicado --algo, segundo ele, sinalizado pelas inesperadas intervenções no mercado cambial nos últimos dias, quando o Bacen vendeu dólares nos mercados à vista e de derivativos.

Para Sérgio Goldenstein, consultor independente da Ohmresearch Independent Insights, que não descarta chances de uma Selic até mais baixa do que o mercado espera para o fim do ano, o dólar não deverá romper os 6 reais, mas tampouco cairá abaixo de 5 reais em 2021.

"O início da correção na Selic ajuda na correção do câmbio, mas o câmbio depende de mais do que a Selic: depende do quadro fiscal, termos de troca, comportamento global do dólar, Treasuries, ambiente político", disse, afirmando que, na margem, o fiscal ficou mais delicado e o cenário externo se tornou menos favorável.

No exterior, o índice do dólar tinha variação positiva de 0,5%. Moedas de risco tinham viés de queda, com operadores no aguardo da decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).

Não se espera mudança na política monetária norte-americana. Com isso, a atenção se volta para a avaliação do Fed sobre a recente alta nos rendimentos dos títulos dos EUA, que balançou os mercados em todo o mundo.

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