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Fed derruba dólar para abaixo de R$ 3,15 após 3 altas

26 jul 2017 - 17h09
(atualizado às 17h19)
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Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

O dólar encerrou a quarta-feira em queda e abaixo de R$ 3,15, após o Federal Reserve, banco central norte-americano, ter mantido a taxa de juros da maior economia do mundo e informado que vai começar a retirar sua ferramenta de estímulo "relativamente em breve", dentro do esperado.

O dólar recuou 0,73%, a R$ 3,1442 na venda, após subir nas três sessões anteriores. Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 3,1377. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento no final da tarde.

"'Relativamente em breve' não é o mesmo que 'em breve' e deixa a opção de esperar (a normalização do balanço patrimonial) para além de setembro", afirmou o analista-chefe de câmbio da Forexlive, em Montreal (Canadá), Adam Button.

O banco central norte-americano manteve sua taxa de juros na faixa entre 1 e 1,25% e informou que espera "começar a implementar seu programa de normalização do balanço patrimonial relativamente em breve".

Juros mais elevados nos Estados Unidos têm o potencial de atrair recursos hoje aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.

"(A decisão do Fed) veio exatamente como esperado pelo mercado", afirmou o gerente da mesa de câmbio do banco Ourinvest, Bruno Foresti.

No exterior, o dólar passou a cair ante uma cesta de moedas e também recuava ante divisas de países emergentes.

Internamente, os investidores também terão notícias sobre política monetária. Nesta noite, será anunciado o desfecho do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com apostas amplamente majoritárias e já precificadas de corte da Selic em 1 ponto percentual, para 9,25%.

Os investidores também trabalharam de olho no cenário fiscal do país, após a suspensão do aumento dos impostos sobre combustíveis pela Justiça. O governo recorreu da decisão e argumentou que, sem essas receitas, a máquina pública pode ser afetada.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não há, no momento, decisão de alterar a meta fiscal para o ano, de déficit primário de R$ 139 bilhões. Segundo ele, se a alta de impostos sobre combustíveis for vetada em definitivo pela Justiça, o governo buscará outros impostos para repor as perdas.

Nesta tarde, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o governo estuda postergar o reajuste salarial já aprovado para servidores públicos, dentro de esforço para contenção das despesas públicas.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Com isso, já rolou US$ 5,395 bilhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.

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