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'Disse a Lula que consignado privado pode ser o que o Pix foi para pagamentos', diz CEO do Santander

Segundo presidente de banco espanhol no Brasil, novo modelo pode elevar de quatro a cinco vezes o tamanho do mercado em alguns anos

5 fev 2025 - 13h15
(atualizado às 16h02)
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O presidente do Santander Brasil, Mario Leão, afirmou nesta quarta-feira, 5, que o consignado privado pode se tornar uma mola propulsora da inclusão de novos públicos no mercado. No entanto, a possível imposição de um teto de juros evitaria que esse efeito se concretizasse.

O executivo mencionou a reunião entre os presidentes dos maiores bancos do País e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, realizada na semana passada e que tratou do novo modelo do consignado privado, que deve utilizar a base de dados do eSocial. Para ele, o produto é positivo e tende a aumentar tanto os volumes quanto a qualidade de crédito desse mercado.

"Eu disse ao presidente que esse produto pode ser, para o crédito, o que o Pix foi para o mercado de pagamentos", disse Leão em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco no quarto trimestre de 2024 (o banco anunciou lucro líquido de R$ 13,9 bilhões em 2024, com aumento de 47,8% em relação a 2023). Segundo ele, a comparação leva em conta as perspectivas de inclusão financeira.

O presidente do Santander afirmou que a modalidade pode abrir o crédito a públicos que hoje não têm acesso a ele, além de receber operações que hoje são concedidas por meio de linhas mais caras e arriscadas, como o crédito pessoal sem garantia.

Leão disse que "torce" para que não haja teto no novo consignado privado, uma possibilidade levantada no governo. Ele afirmou que o teto do produto do INSS mostra que um limite reduz a concessão de crédito, por excluir uma série de públicos.

Segundo ele, mesmo com a alta neste ano, o teto do consignado do INSS não permite realizar a operação em alguns canais. "1,80% (ao mês) ainda não paga conta de consignado INSS via correspondente."

Participação

Leão diz que o Santander tem 30% do mercado de consignado privado, que hoje tem carteira de R$ 40 bilhões. O banco tem crescido a carteira, mas a qualidade de crédito cai quando o cliente troca de emprego, o que extingue a garantia pelo modelo atual, forjado em convênios com empresas.

"A gente tem PDDs (provisão para possíveis inadimplências) baixas durante o ciclo de emprego, e a PDD sobe quanto o cliente sai", afirmou. Leão disse que o novo modelo pode elevar de quatro a cinco vezes o tamanho do mercado em alguns anos.

Ele elogiou a iniciativa do governo de reestruturar a linha e de chamar os bancos para conversar a respeito. Leão e outros executivos do setor tiveram uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana para discutir o tema.

Estadão
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