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Quanto custa se mudar para fazer home office em Portugal

2 jul 2022 - 06h15
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Foto: Adobe Stock

Estados Unidos e Canadá sempre foram o destino preferido dos brasileiros que querem morar fora do país. Mas isso está mudando. No mundo pós-pandemia, um dos destinos favoritos dos brasileiros é Portugal. 

A conclusão é do último levantamento global da consultoria BCG (Boston Consulting Group). Atualmente, a comunidade brasileira no país lusitano, com 150 mil pessoas, já é a maior de estrangeiros por lá, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português. 

No momento em que o trabalho remoto é uma realidade para milhões de pessoas, a mudança para Portugal acaba se tornando uma boa opção, tanto por conta do idioma quanto da própria cultura do país ― tão familiar aos brasileiros.

Porém, se imigrar para Portugal para fazer home office está nos seus planos, tenha em mente que antes de mais nada é bom fazer um bom planejamento financeiro antes de embarcar em um avião.

Os gastos principais para quem vai morar em Portugal

O primeiro item a se considerar é o aluguel. Dependendo da região em que você escolher morar, os aluguéis variam de 400 a 2 mil euros. 

“Na maioria dos casos, os apartamentos em centro de cidade tendem a ser menores”, diz o advogado isralense Itay Mor, fundador do Clube do Passaporte, empresa especializada na obtenção da cidadania portuguesa. “Por isso há uma tendência das famílias em viver em áreas suburbanas. Obviamente, dependendo do tamanho da acomodação, os valores podem ficar ainda mais altos.”

Outra despesa relevante é a educação. A maioria dos brasileiros opta por escolas particulares ou internacionais, ainda que o ensino público em Portugal seja de boa qualidade. 

“Uma escola particular local custa aproximadamente US$ 10 mil por ano, enquanto uma escola internacional varia entre US$ 25 a US$ 40 mil anualmente. Já os custos médios de uma universidade pública em Portugal dependem do curso escolhido e das bolsas subsidiadas pelo próprio governo”, lembra Mor.

Outro gasto que precisa ser considerado é com serviços de saúde. Portugal tem a sua própria versão de cuidados de saúde universal gerido pelo SNS (Serviço Nacional de Saúde). Apesar de não ser totalmente gratuito, os tratamentos geralmente são baratos para os cidadãos. 

“Por isso, buscar a cidadania é a melhor forma de ter direito a todas as facilidades garantidas aos portugueses. Além disso, o acesso ao sistema bancário português também é muito mais fácil para aqueles que têm a cidadania”, conclui.

Como tirar o cobiçado visto de trabalho

Dependendo da categoria escolhida para dar entrada na documentação, o custo do processo para obtenção do visto pode sair bem caro e chegar a 500 mil euros. Por isso, a dica é sempre estudar se há possibilidade de obter cidadania portuguesa.

“Para ter acesso aos mesmos direitos básicos destinados aos cidadãos portugueses, é essencial que os brasileiros busquem a cidadania portuguesa”, comenta o advogado.

Existem duas formas de solicitar a cidadania portuguesa: através do Golden Visa lusitano ou pela cidadania por atribuição ― transmitida de geração para geração quando o requerente é até neto de português. 

“Fora o custo do processo em si, esse programa que oferece vistos de residência em Portugal em troca de investimentos no país ibérico exige um investimento mínimo de 500 mil euros na maior parte das modalidades”, ressalta Mor.

Uma terceira opção é a naturalização, como ocorre pela via sefardita, concedendo o direito à cidadania portuguesa a qualquer descendente judeu da época da Inquisição. “Aqui é preciso realizar um estudo genealógico, com preparação de toda documentação familiar até a descoberta do ancestral judeu para dar entrada no processo. O valor depende muito de cada caso, mas é preciso ter esse investimento em mente”, afirma o fundador do Clube do Passaporte.

Redação Dinheiro em Dia
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