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Alckmin diz ser essencial começar janeiro com Auxílio Brasil de R$ 600

Vice-governador eleito se reúne com equipe de transição e relator do Orçamento de 2023 para negociar peça orçamentária que Lula herdará ao assumir governo

3 nov 2022 - 11h16
(atualizado às 12h09)
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SAO PAULO/SP - 01/11/2022 - LULA-ALCKMIN-TRANSICAO DE GOVERNO / EXCLUSIVO EMBARGADO - O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que foi anunciado hoje.como o coordenador do processo de transicao de governo, durante agenda em hotel na zona de Sao Paulo. FOTO: MARCELO CHELLO / ESTADAO
SAO PAULO/SP - 01/11/2022 - LULA-ALCKMIN-TRANSICAO DE GOVERNO / EXCLUSIVO EMBARGADO - O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que foi anunciado hoje.como o coordenador do processo de transicao de governo, durante agenda em hotel na zona de Sao Paulo. FOTO: MARCELO CHELLO / ESTADAO
Foto: ESTADAO / undefined / Estadão

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin defendeu a manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$ 600 mensais a partir de janeiro, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse.

Alckmin se reúne nesta quinta-feira, 3, com o relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), integrantes da equipe de transição do novo governo e parlamentares do PT para negociar o Orçamento de 2023.

A peça orçamentária deve ser votada pelo Congresso ainda neste ano. O governo eleito quer negociar mudanças no projeto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) por considerar que as contas públicas estão "no osso" e não abarcam as promessas de campanhas do PT.

Ao chegar para a reunião, Alckmin respondeu com um aceno positivo à pergunta se é essencial iniciar janeiro com o auxílio de R$ 600. Para isso, o aumento precisa ser viabilizado ainda neste ano e votado pelos parlamentares atuais, o que ainda não foi concretizado. O orçamento enviado por Bolsonaro ao Congresso garante apenas R$ 400 mensais no próximo ano.

Para o relator, começar o ano de 2023 com o auxílio de R$ 600, sem transição com um valor menor, é "inegociável". "Isso é inegociável. Não há como o auxílio não ser pago no valor de R$ 600, que foi o compromisso assumido pelo presidente eleito Lula", disse Marcelo Castro ao chegar para o encontro.

O aumento de R$ 200, em relação ao valor previsto no projeto do Orçamento de 2023, tem impacto de R$ 52 bilhões, valor que não cabe atualmente no teto de gastos públicos. Lula também prometeu um benefício extra de R$ 150 para mães com crianças até seis anos de idade, o que gera um custo adicional de R$ 18 bilhões, conforme cálculos do relator.

O relator e a equipe de transição ainda não afirmaram qual é o tamanho do espaço fiscal que precisará ser aberto para viabilizar as intenções do novo governo. O chamado "waiver" - licença para gastar - tem batido nos R$ 160 bilhões, podendo chegar a R$ 200 bilhões, como defendem alguns integrante da cúpula petista.

Mercadante não responde sobre Meirelles

O ex-ministro Aloízio Mercadante, que foi coordenador da campanha, chegou a ser questionado pela imprensa local sobre a possibilidade de Henrique Meirelles ser o ministro da Fazenda no novo governo — ele que já foi presidente do Banco Central durante os dois mandatos de Lula e ministro da Fazenda no governo Temer —, mas não respondeu.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) também participará do encontro. Wellington Dias foi escolhido para liderar as tratativas sobre o Orçamento. A lista enviada a Castro inicialmente continha oito nomes - todos da área política. Posteriormente, Alckmin foi adicionado e, agora, também Gleisi. Está prevista uma entrevista coletiva com o relator, Alckmin e Wellington Dias para comentar como foi a reunião.

Também está previsto que participam do encontro os senadores Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN) e Fabiano Contarato (PT-ES); e os deputados Reginaldo Lopes (PT-MG), Enio Verri (PT-PR), Rui Falcão (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS). / COM BROADCAST

Estadão
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