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Delta espera que forte demanda por viagens aumente lucro no trimestre

10 abr 2024 - 11h24
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A companhia aérea norte-americana Delta Air Lines divulgou nesta quarta-feira uma previsão otimista para o desempenho da empresa neste trimestre, depois que seu resultado de primeiro trimestre superou estimativas de Wall Street impulsionado por forte demanda.

Os executivos de companhias aéreas globais afirmam que as viagens se tornaram uma das principais prioridades dos consumidores, que estão cortando gastos com bens em favor de experiências após a pandemia. Isso, juntamente com os arranjos híbridos de trabalho, tem sustentado os gastos com viagens, apesar do aumento do custo de vida.

A demanda é particularmente forte para viagens premium, beneficiando companhias aéreas como a Delta, que se posicionou no segmento. A recuperação das viagens corporativas também está ganhando força.

"Prevemos a continuidade do forte impulso em nossos negócios", disse o presidente-executivo da Delta, Ed Bastian.

A empresa disse que teve receita recorde no primeiro trimestre e espera outro recorde no segundo trimestre, diante de fortes reservas de viagens internacionais e aumento nas viagens corporativas.

"A Delta Air Lines deu início aos relatórios de resultados das companhias aéreas com uma pausa bem-vinda de toda a conversa sobre a Boeing. A empresa apresentou resultados sólidos... Apesar de todos os problemas com aeronaves no setor, a demanda ainda é saudável e a  previsão de resultado da Delta reflete isso", disse Christopher Raite, analista sênior da Third Bridge.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês)) prevê que 4,7 bilhões de pessoas viajarão em 2024, em comparação com 4,5 bilhões em 2019. Nos Estados Unidos, estima-se que o tráfego de passageiros atinja um recorde histórico este ano, de acordo com o grupo comercial Airlines for America.

As companhias aéreas, no entanto, estão enfrentando escassez de aviões, o que limita sua capacidade de oferecer mais assentos durante os períodos de pico, o que se traduz em preços mais altos.

A Delta espera que a receita unitária - um indicador do poder de precificação - fique estável, em comparação com o ano passado, em todas as regiões, exceto na América Latina, onde uma das principais empresas do setor, a Gol, está em recuperação judicial.

A companhia aérea norte-americana também relatou uma melhora no mercado dos EUA, já que sua receita unitária doméstica ficou positiva no trimestre de março, com um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

A Delta "ainda está confiante" de que os jatos Boeing 737 Max 10 "serão entregues em algum momento", disse o presidente-executivo em uma entrevista à CNBC após os resultados. O comentário foi feito no momento em que os órgãos reguladores dos Estados Unidos estão investigando as práticas de segurança e qualidade da Boeing, após as alegações de um denunciante.

A Delta previu um lucro ajustado de 2,20 a 2,50 dólares por ação no trimestre até junho, em comparação com a expectativa dos analistas de 2,23 dólares, de acordo com dados da LSEG. A empresa espera registrar uma margem operacional de 14% a 15%, com um aumento anual de 5% a 7% na receita do segundo trimestre.

A Delta reafirmou previsão de ter lucro de 6 a 7 dólares por ação em 2024, com um fluxo de caixa livre de 3 bilhões a 4 bilhões de dólares.

O lucro ajustado do primeiro trimestre foi de 45 centavos de dólar por ação, em comparação com a expectativa dos analistas de 36 centavos de dólar por ação.

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