COP-30: Cerca de 21% do crédito bancário, R$ 450 bi, foram concedidos à economia verde, diz Trabuco
A conferência ocorre após uma jornada de 33 anos em que houve expansão da consciência sobre meio ambiente, afirma o presidente do Conselho Diretor da Febraban
ENVIADAS ESPECIAIS A BELÉM - O presidente do Conselho Diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luiz Carlos Trabuco Cappi, colunista do Estadão, disse nesta quarta-feira, 12, durante evento sobre finanças climáticas,na Casa do Seguro, às margens da COP-30, que a conferência ocorre após uma jornada de 33 anos em que houve expansão da consciência sobre meio ambiente.
"A COP-30 galvaniza essa maior consciência sobre as questões climáticas, o espírito de união para fazer um mundo melhor", disse. O executivo enalteceu as vantagens competitivas do Brasil citando a matriz energética limpa do País e a liderança em biocombustíveis e agronegócio sustentável.
O banqueiro disse ainda que os bancos estão na linha de frente financiando esses investimentos. "Cerca de 21% do crédito do setor bancário, R$ 450 bilhões, foram concedidos para economia verde", afirmou, lembrando que os títulos rotulados já somam R$ 58 bilhões e "são uma avenida de crescimento".
Trabuco defendeu também a ideia de que "não basta o banco ser net zero". Em sua avaliação, é necessário que os clientes sejam e, para isso, citou a necessidade de normas e regulamentações que, inclusive, sejam reconhecidas internacionalmente.
"A taxonomia sustentável brasileira é importante e precisa conversar com as taxonomias de outros países", disse. "É preciso avançar no Acordo de Basileia e considerar risco diferenciado dos ativos sustentáveis", acrescentou. Na avaliação de Trabuco, a calibragem regulatória vai liberar capital para as finanças sustentáveis.