Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Conheça José Olympio Pereira, banqueiro com trajetória ligada à arte e à literatura

Executivo é um dos maiores colecionadores de arte do mundo e sua família fundou importantes editoras, como a José Olympio e a Sextante

26 mai 2021 - 20h20
Compartilhar
Exibir comentários

O anúncio da saída de José Olympio Pereira do Credit Suisse causou espanto no mercado financeiro. Isso porque sua trajetória se confunde com a história recente dos bancos de investimento no Brasil e, sobretudo, com a história do Credit no País. Presidente da instituição, ele se afasta até o fim deste ano, colocando um ponto final em uma experiência que permeia quase todas as grandes operações do mercado de capitais brasileiro nos últimos anos.

Mal havia deixado a faculdade de Engenharia Civil, cursada na PUC-Rio, e José Olympio já se juntava ao Garantia, um dos mais célebres bancos de investimentos da década de 80, ao lado do Pactual. Lá permaneceu por mais de uma década e, já no início dos anos 2000, comandou a área do Citi no Brasil, tida também como grande escola de banco de investimento por aqui.

Em seguida, se uniu ao Credit Suisse, que havia absorvido a estrutura do Garantia. Está no banco há 17 anos, dez dos quais no comando da operação brasileira. Com sua história tão entrelaçada à do banco suíço no Brasil, não é de admirar que o anúncio de sua saída da casa tenha alimentado durante o dia especulações a respeito de uma possível debandada do banco do País.

No entanto, o Credit Suisse se apressou em informar que José Olympio segue à frente da instituição até o fim deste ano. Também que, ao lado do presidente do conselho de administração do banco, Ilan Goldfajn, ajudará a escolher seu sucessor.

Mecenato

À beira de completar 60 anos, José Olympio não é figura notória somente no mercado financeiro. Ele e a esposa são relacionados por especialistas entre os 200 maiores colecionadores de arte do mundo, uma lista frequentada por nomes do porte do fundador da Amazon, Jeff Bezos.

É também o atual presidente da Fundação Bienal de São Paulo e membro dos conselhos do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições de relevo no meio cultural, dentro e fora do Brasil.

O apreço por cultura vem de berço. Seu avô, José Olympio, foi fundador da editora homônima e um dos mais célebres editores brasileiros. Hoje, a editora faz parte do grupo Record, após negociação que o neto do fundador ajudou a conduzir. Seu pai, Geraldo Jordão Pereira, seguiu os passos do patriarca e fundou as editoras Sextante e Salamandra.

No campo da arte, é visto como um "incentivador apaixonado". Todo esse envolvimento, porém, não chega a ofuscar sua verve de banqueiro. "Não tenho notícia de que ele tenha perdido dinheiro algum dia com essa paixão", diz um profissional que atua nesse mercado.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade