Com lucro de R$ 5,5 bilhões, Vivo registra crescimento de 10,3% em 2024
No balanço do último ano, Christian Gebara destaca a expansão da rede de fibra e do 5G
A Vivo terminou 2024 com um lucro de R$ 5,5 bilhões, 10,3% a mais que no ano anterior. O crescimento acompanha a trajetória ascendente da operadora em todos os trimestres do ano passado, incluindo o último, quando registrou um lucro de R$ 1,8 bilhão, aumento de 10,1%.
Resultados da Vivo em 2024
- Receita total: R$ 55,8 bilhões, um crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior;
- EBITDA: R$ 22,9 bilhões, o que representa um aumento de 7,3% ante 2023;
- Fluxo de caixa operacional: R$ 13,7 bilhões;
- Geração de caixa livre: R$ 8,2 bilhões;
- Remuneração aos acionistas: R$ 5,8 bilhões, aumentou 22,1%;
- Investimentos: R$ 9,2 bilhões, um acréscimo de 2,3% em relação ao ano anterior.
Como explica o presidente da Vivo, Christian Gebara, os investimentos foram focados na expansão do 5G --presente em 504 municípios do País e cobrindo 61,3% da população-- e da rede de fibra, que alcançou a meta de 29 milhões de domicílios cobertos em 444 cidades brasileiras.
“O último ano foi marcado pelo crescimento dos nossos principais indicadores financeiros e operacionais, bem como pela expansão da nossa rede de fibra e 5G, consolidando a liderança da Vivo em ambos os segmentos”, apontou Gebara, que destacou o fortalecimento da infraestrutura de conectividade e do ecossistema digital.
“Também avançamos com aquisições e investimentos estratégicos em novas empresas, ao mesmo tempo que reforçamos o compromisso com a remuneração aos nossos acionistas, de forma a manter a Vivo como uma referência em retorno ao investidor”, completou o presidente da Vivo.
Avanço do 5G e inclusão digital
No último trimestre, a Vivo registrou R$ 9,2 bilhões com a receita de serviços móveis, um acréscimo de 7%. Enquanto o semento de pós-pago cresceu 9,1% (R$ 7,8 bilhões), a venda de aparelhos e eletrônicos e o segmento fixo subiram 13% (R$ 1,2 bilhão) e 8% (R$ 4,2 bilhões), respectivamente.
Com 116,1 milhões de acessos -- 102,3 milhões da rede móvel e 66,5 milhões de clientes pós-pago--, a operadora fechou o ano liderando o mercado de pós-pago, com 41,3% de market share. Gebara também destaca os resultados do Vivo Total --que combina serviços de fibra e móvel--, que alcançou 2,4 milhões de assinantes no ano.
“Quando a gente fala de inclusão digital, nós estamos falando de cobertura, acesso a dispositivos e letramento digital. A parte de cobertura nós estamos cumprindo. Na parte de letramento digital, nós temos uma carência no País, que tentamos minimizar através das ações da Fundação Telefônica Vivo”, afirma Gebara, que também acrescenta os desafios na ampliação dos acessos aos aparelhos 5G.
"O dispositivo é tributado, assim como o nosso serviço é tributado. Então, a gente tem a expectativa de que a tributação sobre dispositivos, na reforma que foi desenhada, ela leva em consideração que o dispositivo é um habilitador da inclusão digital", completa o presidente da Vivo.
Investimentos em inovação e ESG
Em 2024, a Vivo aplicou R$ 138 milhões em contratos de prestação de serviços com startups a partir do fundo Vivo Ventures. "A gente investiu na Canary, que é um fundo que investe em empresas mais no estágio inicial. Anunciamos em dezembro também um follow-on na Clube, que é uma empresa que está tendo muito sucesso dentro da estratégia do VivoPay", cita Gebara, que também destaca a parceria com a Conexa --empresa de telemedicina-- e a CRM Bônus --plataforma que usa inteligência artificial para incrementar e melhorar o relacionamento com clientes.
O objetivo do Vivo Ventures, segundo o presidente da Vivo, é criar valor nessas empresas de maneira individualizada, mas também poder conectá-las dentro do ecossistema da Vivo. “Todos eles, além de investimento direto feito pelo Ventures, se sentem muito atraídos pela possibilidade de trabalhar numa base de 116 milhões de acessos, uma empresa com um canal de 1.800 lojas e 26 milhões de usuários únicos no seu app, que é o Vivo app, entre outras características que faz da Vivo o parceiro ideal para essas startups."
Em meio ao crescimento da Vivo, Gebara destaca ainda o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável, evidenciado por seu programa ESG (ambiental, social e governança). Em 2024, a operadora estreou no Dow Jones Best-in-Class World Index, considerado o mais importante índice de sustentabilidade do mundo, como a única telecom brasileira e líder nas Américas.
Durante o último ano, o programa Vivo Recicle coletou cerca de 37 toneladas de resíduos eletrônicos, o que representa um progresso de mais de 200% em relação a 2023. Como parte do plano net zero da empresa, também atuou para manter as reduções de emissões de gases de efeito estufa. As emissões de escopo 1 e 2 atingiram 24 mil tCO2e, volume 90% inferior ao comparado com 2015.