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CEO da Nvidia ganha US$ 7,6 bilhões em um dia e sobe três posições em ranking de bilionários

Taiwanês Jensen Huang, cofundador da Nvidia, viu sua fortuna pessoal passar de US$ 77 bilhões no início de abril para US$ 91 bilhões

24 mai 2024 - 12h54
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O bilionário taiwanês Jensen Huang, de 61 anos, cofundador da Nvidia e seu atual presidente, viu sua fortuna pessoal passar de US$ 77 bilhões no início de abril para US$ 91 bilhões nesta sexta-feira, 24, segundo dados da Forbes. Com isso, ele saltou de 20ª pessoa mais rica do mundo para a 17ª posição.

Pelos cálculos de outro índice que lista bilionários, o da Bloomberg, US$ 7,65 bilhões foram ganhos em apenas um único dia, na quinta-feira, 23, um dia após a companhia divulgar seu balanço. Na quarta, antes da divulgação do documento, a companhia valia US$ 2,35 trilhões, e viu seu valor saltar para US$ 2,55 trilhões após o fechamento do mercado, o que a coloca como terceira mais valiosa da Bolsa americana, atrás apenas de Apple e Microsoft.

Ranking de bilionários

A lista da Forbes, que calcula em tempo real a fortuna dos bilionários, indica que o empresário francês Bernard Arnault e Família perderam US$ 28 bilhões, o dobro de dinheiro que Huang ganhou no mesmo período. Em abril o dono da megaholding que engloba, entre vários outros, Louis Vuitton e Sephora, acumulava US$ 233 bilhões, cifra que caiu para US$ 205,3 bilhões nesta sexta. Apesar disso, ele permanece em primeiro lugar da lista da Forbes.

Assim como o CEO da Nvidia, os outros dois no topo, Elon Musk e Jeff Bezos, que ocupavam respectivamente o segundo e terceiro lugares, também tiveram evolução. A diferença é que Bezos, fundador da Amazon, passou de US$ 194 bilhões para US$ 199,5 bilhões, ultrapassando Musk e ficando em segundo lugar. Já o dono da Tesla e do X, o ex-Twitter, passou de US$ 195 bilhões para os atuais US$ 197,1 bilhões .

O que é a Nvidia

Fundada há mais de 30 anos, a companhia do CEO Jensen Huang antecipou em algumas décadas o boom atual da tecnologia. Criada em 1993, a Nvidia passou a desenvolver em 1999 chips de processamento de vídeo (ou GPUs) para computadores e videogames. Essa tecnologia tornou-se essencial para processar vídeos pesados na indústria de games (abastecendo consoles como Xbox e PlayStation) e indispensável em supercomputadores — que podem ser usados em sistemas de nuvem ou de mineração de criptomoedas, duas áreas em que a Nvidia tornou-se a favorita há anos.

Para qualquer inteligência artificial funcionar, é necessária uma quantia enorme de dados. Estes, por sua vez, exigem uma infraestrutura de computadores de ponta para processar informações. É aí que entram as GPUs: criados para acelerar o processamento gráfico de forma paralela às CPUs (unidades de processamento central, que executam tarefas sequencialmente e com mais consumo de energia), esses chips evoluíram para abastecer as máquinas por onde rodam as redes neurais que turbinam a IA.

Esse processo ocorreu ao longo dos anos, quando especialistas passaram a otimizar as GPUs para algoritmos de IA. Estima-se que são necessárias apenas duas GPUs para realizar o mesmo trabalho em IA de mais de 10 mil CPUs.

Atualmente, a Nvidia vende a GPU H100, que além de prometer uma experiência visual excepcional para jogadores, foi otimizada para lidar com volumes massivos de dados, o que a transformou em uma opção mais eficiente para treinar modelos de IA. Cada uma delas custa a partir de US$ 20 mil e empresas precisam de milhares de unidades. No começo deste ano, Mark Zuckerberg anunciou a compra de 350 mil GPUs H100 para desenvolver os modelos de IA da Meta.

A H100 é quatro vezes mais rápida que sua antecessora, A100, no treinamento de grandes modelos de linguagem (LLMs) e na resposta a comandos de usuários. /COLABORARAM GABRIEL GOMES E BRUNO ROMANI

Estadão
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