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Casa Branca anuncia acordo 'histórico' de US$ 600 bi com Arábia Saudita

Empresas americanas devem participar de grandes obras na Arábia Saudita; em evento, Trump fala em US$ 1 trilhão em investimentos nos EUA com sua viagem, e governo saudita diz que trabalha para atingir valor

13 mai 2025 - 11h37
(atualizado às 14h11)
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A Casa Branca anunciou nesta terça-feira, 13, que o presidente Donald Trump assegurou um "compromisso histórico de investimento de US$ 600 bilhões" por parte da Arábia Saudita nos Estados Unidos. O pacote, segundo o governo americano, inaugura uma "nova era dourada de parceria" entre os dois países.

Em comunicado oficial, a Casa Branca afirmou que os primeiros acordos reforçam a "segurança energética, a indústria de defesa, a liderança tecnológica e o acesso à infraestrutura global e a minerais críticos".

Entre os investimentos destacados, a empresa saudita DataVolt planeja aplicar US$ 20 bilhões em centros de dados voltados à inteligência artificial e infraestrutura energética nos EUA. Já gigantes como Google, Oracle, Salesforce, AMD e Uber, ao lado da própria DataVolt, prometeram injetar US$ 80 bilhões em "tecnologias transformadoras" nos dois países.

No setor de infraestrutura, empresas americanas como Hill International, Jacobs, Parsons e AECOM participarão de "grandes projetos" na Arábia Saudita, incluindo o novo aeroporto internacional King Salman e a cidade de Qiddiya. Esses contratos somam US$ 2 bilhões em exportações de serviços dos EUA.

A Casa Branca também celebrou exportações adicionais, como turbinas a gás da GE Vernova (US$ 14,2 bilhões) e aeronaves Boeing 737-8 para a AviLease (US$ 4,8 bilhões). Na saúde, a Shamekh IV Solutions investirá US$ 5,8 bilhões, incluindo a construção de uma fábrica de fluidos intravenosos em Michigan.

Os investimentos incluem ainda fundos setoriais com foco nos EUA: um fundo de energia de US$ 5 bilhões, outro de tecnologia aeroespacial e de defesa no mesmo valor, além de US$ 4 bilhões para o setor esportivo.

O pacote inclui ainda o maior acordo de vendas de defesa da história dos EUA: "quase US$ 142 bilhões" em equipamentos e serviços fornecidos por mais de uma dezena de empresas americanas. O acordo cobre "avanços da força aérea, defesa antiaérea, segurança marítima, modernização terrestre e comunicação".

Entre os destaques está a assinatura de um acordo de cooperação energética entre o Departamento de Energia dos EUA e o Ministério da Energia da Arábia Saudita, voltado ao "potencial de inovação, desenvolvimento, financiamento e implantação de infraestrutura energética".

Na área mineral, foi firmado um memorando de entendimento entre o Departamento de Energia americano e o Ministério da Indústria e Recursos Minerais saudita. O objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico e fortalecer as cadeias de suprimento de minérios críticos.

A cooperação espacial também ganhou destaque com um acordo entre a NASA e a agência espacial saudita para o lançamento de um CubeSat saudita na missão Artemis II. O pequeno satélite estudará o clima espacial em órbita elevada.

Outro avanço relevante foi a modernização do Acordo de Transporte Aéreo, permitindo que companhias americanas e sauditas transportem cargas entre terceiros países sem escala nos EUA.

Segundo a Casa Branca, a Arábia Saudita permanece como maior parceiro de Vendas Militares Estrangeiras, com contratos ativos que ultrapassam US$ 129 bilhões. O pacote anunciado pelo presidente Donald Trump representa "o maior acordo de cooperação em defesa da história dos EUA" e "abre caminho para maior participação da indústria de defesa americana" no país saudita. A Casa Branca definiu o republicano como "o negociador-chefe" responsável por assegurar acordos que ampliam a influência global dos Estados Unidos.

Trump fala em US$ 1 tri em investimentos

Durante participação no Fórum de Investimentos na Arábia Saudita, Trump anunciou uma série de conquistas econômicas e diplomáticas ligadas à sua viagem ao país. Segundo ele, "estamos adicionando US$ 1 trilhão em investimentos nos EUA com essa viagem". No evento, o governo saudita também afirmou que trabalha para atingir US$ 1 trilhão em investimentos com os EUA.

Trump destacou a importância de grandes empresas nesse processo, sem entrar em detalhes. "Acordos multibilionários com Amazon, Oracle, AMD, Qualcomm, Johnson & Johnson, Uber e outros" foram fechados, afirmou. Ele também agradeceu especificamente os investimentos da Apple e da TSMC, já formalizados anteriormente.

O presidente exaltou o ambiente econômico doméstico. "Não temos mais inflação no país e criamos meio milhão de empregos", disse. Na avaliação do republicano, os cortes de impostos propostos por seu governo serão um dos pilares dessa recuperação. "Estamos em boa posição para aprovar o projeto de lei tributária. O Congresso está prestes a aprovar o maior corte de impostos da história."

Trump mencionou ainda a política tarifária como fator de mudança nos EUA. "As tarifas estão fazendo dos EUA um país diferente. Riqueza está caindo sobre a América", afirmou. E previu continuidade no otimismo financeiro: "O mercado acionário vai subir ainda mais". Trump ainda comentou sobre sua relação com o setor privado: "Empresas não gostavam de mim há um mês. É incrível o que faz um mercado em alta."

No campo geopolítico, o presidente anunciou avanço nas tratativas para encerrar a guerra na Ucrânia. "Conversas sobre paz na Ucrânia devem acontecer na quinta-feira na Turquia", disse. "Marco Rubio irá às conversas para paz duradoura na Ucrânia."

Estadão
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