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Teste: Jeep Renegade Sport 1.8 decepciona no consumo

Versão de entrada do SUV possui boa lista de equipamentos de série e tem preço competitivo. O consumo ainda é o principal ponto negativo

24 set 2019 - 16h35
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O para-choque dianteiro agora é o mesmo das versões a diesel.
O para-choque dianteiro agora é o mesmo das versões a diesel.
Foto: Divulgação / Divulgação

O Jeep Renegade é um SUV de grande sucesso no Brasil, com boa aceitação pelos consumidores e ótima liquidez de mercado. O modelo tem muitas qualidades, que o sustenta como concorrente de peso para SUVs rivais como Hyundai Creta, Honda HR-V e Nissan Kicks. Além de ter visual com muita personalidade, o Renegade tem bom acabamento interno, ampla oferta de equipamentos de série e qualidade construtiva com DNA Jeep. Em algumas partes do interior há revestimento emborrachado e a ergonomia é muito boa, permitindo conforto e comodidade em viagens longas.

A posição de dirigir elevada também é bastante atraente para quem procura um SUV. O projeto da carroceria possui dimensões retangulares, com ângulos robustos e bem demarcados, que ampliam o campo de visão do motorista e facilitam as manobras, além de transmitir sensação de segurança.

O Jeep Renegade Sport 1.8 Flex é um SUV compacto 3 estrelas, segundo os critérios do Guia do Carro.
O Jeep Renegade Sport 1.8 Flex é um SUV compacto 3 estrelas, segundo os critérios do Guia do Carro.
Foto: Guia do Carro

Desde 2019, as versões flex do Jeep Renegade passaram a contar com novo para-choque dianteiro, cujo ângulo de ataque aumentou de 21° para 28° (o mesmo das versões a diesel). Agora, dificilmente o SUV raspa a dianteira em lombadas ou entradas de estacionamento. As suspensões são bastante competentes para trafegar nas estradas brasileiras, transmitindo baixo nível de vibrações para o interior da cabine. Os ocupantes viajam com conforto tanto em trechos urbanos quanto em rodoviários.

Os elementos utilizados no dimensionamento da plataforma são de alta resistência e todas as versões oferecem controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e freio de estacionamento eletrônico. O Jeep Renegade foi o primeiro carro produzido no Brasil a alcançar cinco estrelas no teste de segurança do Latin NCAP, tanto na proteção para crianças quanto para adultos.

O porta-malas tem apenas 320 litros de capacidade.
O porta-malas tem apenas 320 litros de capacidade.
Foto: Divulgação / Divulgação

Os problemas surgem quando o assunto é desempenho e, principalmente, consumo de combustível das versões equipadas com o motor 1.8 flex de 139 cv. O carro é pesado e o câmbio automático de seis velocidades eleva as rotações do motor frequentemente para extrair desempenho. Como resultado, o consumo de combustível é bastante alto para a categoria de SUVs compactos. Segundo dados do Inmetro, com gasolina o consumo fica na faixa dos 10 km/l na cidade e 12 km/l na estrada, o que o deixa com nota D na comparação com a categoria e C na classificação geral.

Além disso, a capacidade do porta-malas do Jeep Renegade é considerada pequena para a categoria de SUVs compactos. O volume útil do bagageiro, que já foi atualizado duas vezes, atualmente comporta 320 litros, após a adoção de estepe de uso temporário. É a mesma capacidade de um Renault Sandero, por exemplo.

A lista de equipamentos de série do Jeep Renegade Sport 2020 inclui itens como coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, central multimídia de 5’’, câmera de ré, piloto automático com limitador de velocidade, luzes diurnas de LED (DRL), sistema de monitoramento de pressão dos pneus e rodas de liga leve aro 17’’.

A central multimídia de 5’’ da versão Sport não conta com espelhamento de smartphones.
A central multimídia de 5’’ da versão Sport não conta com espelhamento de smartphones.
Foto: Divulgação / Divulgação

O que é novo

  • Alarme perimétrico.
  • Pacote opcional Uconnect (ar-condicionado digital de duas zonas, sensores de estacionamento traseiro e central multimídia de 7’’ compatível com Android Auto e Apple CarPlay).
  • Para-choque dianteiro com ângulo de ataque de 28°.
  • Sete fendas da grade dianteira (formato mais largo e retangular).
  • Rodas de liga leve aro 17 (novo desenho). 
  • Refletores laterais na cor cristal (antes eram amarelados).
  • Trava de abertura da tampa do porta-malas destacada (similar à do Jeep Compass).
  • Console central remodelado.
  • Comandos do ar-condicionado (herdados do Compass).
  •  Porta-objetos (pequeno) à frente da alavanca de câmbio.

O que nós gostamos

  • Acabamento interno.
  • Conforto.
  • Porte robusto.
  • Visibilidade interna.
  • Sistema start-stop.
  • Suspensões (independente McPherson nas quatro rodas).
  • Entrada USB adicional (para os ocupantes do banco traseiro).

O que pode melhorar

  • Desempenho.
  • Consumo.
  • Central multimídia (tela pequena e não há espelhamento de smartphones)
  • Capacidade do porta-malas.

Os números

  • Motor: 1.8 flex
  • Potência máxima: 139 cv a 5.750 rpm (g/e)
  • Torque máximo: 188 Nm a 3.750 rpm (e)
  • Câmbio: 6 marchas AT
  • Comprimento: 4,232 m 
  • Largura: 1,805 m 
  • Altura:  1,658 m
  • Entre-eixos: 2,570 m
  • Peso: 1.448 kg
  • Pneus: 215/60 R17
  • Porta-malas: 320 litros
  • Tanque: 60 litros
  • 0-100 km/h: 11s1
  • Vel. máxima: 182 km/h
  • Consumo cidade: 10,0 km/l (g)
  • Consumo estrada: 12,0 km/l (g)
  • Emissão de CO2: 124 g/km
  • Modelo avaliado: 2020
Guia do Carro
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