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Canonização de Irmã Dulce deve atrasar segundo turno da reforma da Previdência no Senado

Viagem de senadores para o Vaticano e falta de entendimento sobre divisão de recursos de leilão do pré-sal adiaram análise no plenário para 22 de outubro, segundo o líder do governo no Senado

7 out 2019 - 12h26
(atualizado às 21h53)
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O senador Major Olímpio (PSL-SP), líder do partido do presidente Jair Bolsonaro no Senado, disse nesta segundao-feira, 7, que talvez a Casa consiga votar o segundo turno da reforma da Previdência apenas no dia 22 de outubro.

Em evento na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São paulo, ele afirmou que o Senado poderia tentar votar o projeto no dia 15, mas que para isso os senadores que viajarão para o Vaticano nesta semana, para acompanhar a canonização da Irmã Dulce, precisariam voltar ao Brasil na próxima segunda-feira, 14.

"Meus colegas senadores estão querendo colocar situações para discutir e para protelar a reforma", disse Major Olímpio, em referência ao impasse em torno da divisão dos recursos do leilão do pré-sal entre Estados e municípios.

Na semana passada, os senadores reduziram em R$ 76,4 bilhões a economia prevista com a reforma em dez anos com a derrubada de mudanças no pagamento do abono salarial durante a votação dos destaques ao projeto, após a aprovação do texto-base em primeiro turno no Senado.

"Temos esse impasse nesse momento. A Câmara não aceita o que nós votamos (sobre a divisão dos recursos do leilão), e nós não aceitamos o que a Câmara quer fazer. Queremos que o Executivo mande uma medida provisória", defendeu o senador.

Major Olímpio lembrou que a previsão inicial era de que a reforma da Previdência fosse votada em segundo turno no Senado no dia 10 de outubro, mas afirmou que "em determinado momento, houve um entendimento de vários senadores e bancadas de que era o momento de pressionarem para conseguir alguns pleitos individuais".

O senador defendeu a inclusão de Estados e municípios na reforma por meio da PEC paralela, que tramita no Senado. "A Câmara não quis (manter Estados e municípios) e uma das razões é que ano que vem tem eleição. Fazer mudanças previdenciárias é uma coisa árida, não dá voto, mas é necessário", afirmou.

Estadão
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