Cachês de artistas da Virada Cultural de SP custam mais de R$ 20 milhões à prefeitura
Valores publicados no Diário Oficial da capital chegam a R$ 550 mil para alguns artistas
A Prefeitura de São Paulo irá gastar mais de R$ 20 milhões com o cachê dos artistas que irão se apresentar na Virada Cultural deste ano. O evento acontece neste fim de semana na capital paulista, com shows em 22 palcos, em 12 regiões da cidade.
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De acordo com o Diário Oficial do município, 243 artistas foram contratados para fazerem apresentações ao longo da Virada. Do total, recebem os maiores cachês o cantor Leonardo e a cantora Claudia Leitte, com R$ 550 mil cada um. O sertanejo deve subir ao palco Arena Campo Limpo, na Zona Sul, no domingo, 19, às 17h. Claudia Leitte irá cantar na Arena M'Boi Mirim, também na Zona Sul.
O baiano Leo Santana irá receber cachê de R$ 500 mil para tocar no palco Anhangabaú, na região central de São Paulo. Gloria Groove teve o cachê fixado em R$ 400 mil, e o grupo Raça Negra, R$ 390 mil. Além deles, se apresentam Julian Marley (R$ 360 mil), Pabllo Vittar (R$ 357 mil) e Joelma (R$ 300 mil).
Roberta Miranda (R$ 300 mil) e L7nnon (R$ 285 mil) completam os 10 artistas que receberão os maiores cachês da virada cultural de São Paulo nesta edição, segundo o Diário Oficial.
A Virada Cultural de São Paulo de 2024 ganhou o nome de Virada Cultural do Pertencimento e da Solidariedade, em razão das ações voltadas para ajudar as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul.
Todos os locais de shows terão uma tenda para coleta de doações de alimentos, itens de higiene, roupas e cobertores, para as pessoas afetadas pelas chuvas no Sul do país.
O Terra entrou em contato com a Secretaria de Cultura de São Paulo, que informou por meio de nota que a Virada Cultural é um grande evento que busca levar cultura aos bairros da capital e estimular a economia.
"A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, informa que a Virada Cultural é um dos mais importantes eventos da cidade, amplamente aprovado pela população e pensado para levar cultura, sobretudo, aos bairros da periferia, além de relevante estímulo para a economia local. Dados do Observatório do Turismo mostram que, em 2023, 86% do público considerou acertado o modelo de atrações distribuídas pela cidade. Para 63,9% dos entrevistados, o evento tem melhorado a cada ano.
A Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo informa que o valor investido neste ano para a realização do evento foi de R$ 59,8 milhões. O retorno financeiro esperado é de cerca de R$ 120 milhões, 30% a mais do que no ano passado (R$ 91 milhões).
Os cachês seguem o valor de mercado, e todos os artistas são contratados mediante a apresentação de três notas fiscais para garantir o máximo de lisura nos pagamentos. São Paulo é pioneira na adoção deste procedimento como forma de aumentar a segurança e a transparência nos processos de contratação.
Neste ano, a Virada Cultural será a Virada da Solidariedade. A Prefeitura vai disponibilizar tendas de coleta em todas as 12 arenas de shows, em cada acesso de entrada. A contribuição é voluntária e os participantes da Virada podem doar alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene e limpeza para a população do Rio Grande do Sul", diz a nota.